A ministra da Saúde, Marta Temido, indicou que os focos de contágio de covid-19 dos últimos dias na área da Grande Lisboa mostram que há problemas que vão para além da doença e que exigem um Estado Social forte.
“Sem surpresa, a evidência dos resultados desta crise sem precedentes revela que o impacto sanitário económico e social do novo coronavírus se distribui assimetricamente na população afetando em especial os mais vulneráveis”, afirmou na quarta-feira a ministra, no discurso de encerramento da interpelação ao Governo pedida pelo PS sobre a resposta do Estado social à pandemia.
“Os que se encontram mais expostos são como sempre os que vivem e trabalham em condições mais precárias. As condições de habitabilidade, a estabilidade laboral, a rede social de suporte são quase sempre fatores protetores”, acrescentou Marta Temido, citada pela Rádio Renascença.
A ministra defendeu que a capacidade de resposta que Portugal mostrou “não é obra do acaso” e que “resulta de escolhas políticas, de políticas concretas adotadas nos últimos cinco anos em particular no Serviço Nacional de Saúde, na escola pública, no emprego, na proteção do trabalho e na redistribuição de rendimentos”.
Coronavírus / Covid-19
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