Luísa Sá Gomes é suspeita num processo relacionado com ajustes directos para a atribuição de empreitadas para construir e remodelar esquadras da GNR. A subdirectora-geral de Veterinária até chegou a ser condenada, mas o julgamento está a ser repetido.
No Verão passado, a Ministra da Agricultura nomeou para o cargo de subdirectora-geral de Veterinária, em regime de substituição, uma jurista condenada a dois anos e três meses de pena suspensa em 2018 pelos crimes de abuso de poder, participação económica em negócio e falsificação de documento.
De acordo com o Público, Luísa Sá Gomes foi condenada no âmbito de um processo relacionado com ajustes directos para a atribuição de obras para remodelar e construir esquadras da GNR.
No entanto, o julgamento está a ser repetido por ordem do Tribunal da Relação de Lisboa, que entendeu em Junho de 2021 que as instâncias inferiores cometeram erros no processo, alguns deles graves. A nova sentença deve ser conhecida em Junho.
Na acusação, o Ministério Público pediu que Luísa Sá Gomes fosse impedida de exercer cargos públicos durante três anos. O processo inclui escutas feitas quando a arguida trabalhava no Ministério da Administração Interna, em 2012. A escolha para este cargo foi feita pelo arquiteto João Correia, o principal arguido do processo.
O Ministério chefiado por Maria do Céu Antunes nomeou Luísa Sá Gomes quando esta já era arguida na repetição do julgamento. Dado ser em regime de substituição, a nomeação também não teve de ser aprovada pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública.
Enquanto subdirectora da Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), Luísa Sá Gomes pode dar luz verde a despesas com empreitadas e aquisição de bens e serviços até ao limite de 100 mil euros, cabendo-lhe decidir ainda se a atribuição das obras é feita por concurso público ou por ajuste directo.
O Ministério da Agricultura justifica a nomeação alegando que Luísa Sá Gomes “não está condenada, nem foi alvo de qualquer sentença que implique a inibição do exercício de funções públicas ou de funções dirigente”.
Este é assim o segundo caso polémico a abalar o Ministério da Agricultura nas últimas semanas, após a nomeação e rápida demissão de Carla Alves para o cargo de Secretária de Estado. Recorde-se que Carla Alves saiu do Governo após a revelação de que as suas contas bancárias conjuntas com o marido, o ex-autarca de Vinhais, tinham sido arrestadas no âmbito de suspeitas de corrupção.
só mais um caso…
“arguida em processo sobre ajustes directos”
Pois, parece que tinha a experiência e o perfil adequados!
Afinal é isso que se pretende, ou não?
Será que vindo Dia apôs Dia a Público tais inépcias no seio deste Desgoverno , ainda o vamos ter que aturar 4 Anos ? …… A nova geração terá que se “habituar” , a comer o Pão que o Diabo amassou !
Ainda mal começou a semana e pimba, mais uma, e falam elas dos Homens