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Militares vão ajudar Ministério da Saúde a fazer rastreios

Mário Cruz / Lusa

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho

Esta segunda-feira, na entrevista a RTP, Marcelo Rebelo de Sousa tinha confirmado a colaboração das Forças Armadas na deteção de contágios. 

Em breve, as Forças Armadas vão começar a ajudar o Ministério da Saúde nos rastreios epidemiológicos à população. De acordo com a edição desta terça-feira do Público, será nos próximos dias que as Forças Armadas se vão reunir com a tutela da Saúde para definir os moldes dessa nova colaboração.

Não é a primeira vez que os militares assumem um papel nesta pandemia, depois de terem já ajudado na desinfeção de escolas e acolhido idosos de lares.

À RTP1, o Presidente da República disse que seria importante “ampliar os rastreios” e “as Forças Armadas, os funcionários públicos e os privados podem fazer pesquisas e contactos com aqueles que estiveram próximos dos infetados, sob supervisão da Saúde”.

O objetivo é que o número de pessoas a fazer rastreios à população chegue aos “tais milhares que são necessários“.

O Público avança ainda que os ramos militares estão preparados para convocar os médicos e enfermeiros na reserva. Até aqui eram convidados a apresentarem-se voluntariamente ao serviço, mas agora deverão mesmo ser convocados para o terreno em estado de emergência.

“A pressão dos acontecimentos torna ainda mais clara a necessidade de uma solução global” para a cooperação entre privados e Estado no setor saúde, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

No sábado, António Costa anunciou novas medidas para combater a pandemia de covid-19 e falou da contratação de enfermeiros já reformados para reforçar equipas de rastreamento de contactos.

Ao Público, o presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP), Ricardo Mexia, pediu recursos. “As unidades de saúde pública estão assoberbadas, têm que ser reforçadas, já não estamos em fase de ser esquisitos”, disse.

“As outras tarefas [rastreio de contactos] são mais simples, mas também espero que, venha quem venha, estudantes, reformados, militares, não venha contrariado, à força.”

ZAP //

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