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Mais de um milhão de alunos podem só voltar à escola em setembro

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Mário Cruz / Lusa

No pior dos cenários, cerca de 1,2 milhões de alunos, do pré-escolar ao 9.º ano, podem só regressar às escolas em setembro. Isto constitui um problema para os pais que têm de ficar em casa com os filhos.

A pandemia de covid-19 levou ao fecho de todos os estabelecimentos de ensino em Portugal, desde as creches às universidades, numa medida de contenção do novo coronavírus.

Numa altura de incerteza em relação à data de regresso, António Costa deixou apenas uma certeza: “Há uma decisão tomada e definitiva. O ensino básico não terá aulas presenciais até ao final do ano letivo”.

Isto faz com que 1,2 milhões de alunos do ensino pré-escolar ao 9.º ano só regressem às escolas em setembro. Quanto aos jardins de infância, o primeiro-ministro diz que só poderão reabrir quando “revistas as atuais regras de distanciamento, impossíveis de cumprir em sala por crianças desta faixa etária”. Como tal, considera prematura definir uma data de regresso. Em relação às creches, a decisão mantém-se e não serão reabertas.

O Expresso realça que o problema com isto é que também os pais terão de ficar em casa com os filhos. Isto porque não é recomendável que as crianças fiquem com os avós, que fazem parte do grupo de risco.

Sem diretivas a seguir, cada país estuda a melhor forma de lidar com a situação. O plano de ação de Portugal acaba por divergir daquilo que se está a fazer noutros países, que vão primeiro reabrir as escolas para os mais novos, e de outros, em que nem sequer chegaram a fechar.

“Havendo menos oportunidades de recuperação futura e sendo anos decisivos para a conclusão de um longo processo educativo, seja para acesso ao ensino superior seja para ingressar na vida ativa, é particularmente importante que ainda possamos retomar as atividades letivas presenciais, tanto mais que é tal a diversidade de disciplinas que não podemos recorrer ao apoio da transmissão televisiva”, justificou, esta quinta-feira, António Costa, explicando a importância de recomeçarem as aulas presenciais para alunos do 11.º e 12.º anos.

Atualmente há dois caminhos possíveis em cima da mesa. No mais otimista, os estudantes regressam às escola no dia 4 de maio, tendo aulas presenciais apenas às disciplinas sujeitas a exame de acesso ao ensino superior. As restantes disciplinas continuam a ser lecionadas à distância. Aqueles que não queiram comparecer, têm as faltas justificas, explica o Expresso. Professores e funcionários dos grupos de risco são dispensados do serviço letivo presencial.

No outro caminho, mais pessimista, as escolas não reabrem neste ano letivo. “Hoje ainda não é possível tomar essa decisão. Iremos continuar a acompanhar a evolução da situação”, reiterou o chefe do Governo português.

ZAP //

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