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Mais de metade das espécies de primatas estão em risco de extinção

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Dan Shouse / Flickr

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Os cientistas afirmam mais da metade das espécies de primatas conhecidas está em risco de extinção e a culpa é de ações humanas como a caça, o comércio ilegal e a exploração das florestas tropicais para a agricultura.

Segundo o estudo divulgado na revista Science Advances, cerca de 60% das espécies de primatas estão ameaçadas de extinção e de 75% têm populações em declínio.

“Várias espécies de lémures, de macacos, de chimpanzés e de gorilas estão reduzidas a populações minúsculas de mil indivíduos ou menos”, afirma o antropólogo Paul Garber, sublinhando que já só há 30 gibões-de-hainan, uma espécie da China.

A agricultura, pecuária, extração de minérios, madeira e combustíveis fósseis, a caça e o tráfico ilegal de primatas são as ações responsáveis por tal desastre.

“O número de gorilas-de-grauer que era de 17 mil animais em 1995, passou para apenas 3.800 em 2015, um declínio de 77%. Outro exemplo é o do lémure-de-cauda-anelada, cuja população diminuiu de 95% passando de cerca de 700 mil animais para somente 2.200”, destacou o biólogo Andreas Meyer.

Das 504 espécies conhecidas, o estudo lança a dúvida sobre o futuro de 300 delas, mas revela que nada está perdido e que estes animais ainda podem ser salvos se o comportamento dos humanos se alterar “de imediato”.

“Apesar do perigo de extinção que muitos dos primatas enfrentam, achamos que a conservação dos primatas ainda não é uma causa perdida, e estamos otimistas de que as pressões ambientais ainda podem ser revertidas”, defendem os especialistas, citados pelo jornal The Independent.

A extinção dos primatas teria um efeito direto nos humanos, já que esses animais sustentam o equilíbrio dos ecossistemas porque espalham sementes e atuam como presas e predadores de outros seres vivos.

O estudo revela que os primatas são muito importantes para a humanidade. Afinal, eles são os nossos parentes biológicos vivos mais próximos.

ZAP //

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