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Merkel prepara deportação de refugiados após assaltos sexuais de Colónia

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medienmagazinpro / Flickr

Angela Merkel, chanceler alemã

Angela Merkel, chanceler alemã

Numa inversão radical da chamada “política de boas vindas” aos refugiados que imperou na Alemanha em 2015, as autoridades alemãs preparam-se agora para expulsar milhares de refugiados oriundos dos países balcânicos.

A 4 de setembro do ano passado, a chanceler alemã Angela Merkel tomou uma decisão que converteu a Alemanha na terra prometida para milhares de refugiados.

Na altura, Merkel ignorou as rígidas normas da União Europeia e permitiu que dezenas de milhares de refugiados estacionados em Budapeste, na Hungria, fossem recebidos na Alemanha.

Desde então, mais de um milhão de refugiados procurou asilo na Alemanha – deixando Merkel perante uma crise política que colocou em causa a sua liderança e popularidade.

Mas apesar da oposição interna à sua “política de boas vindas”, diz a Deutsche Welle, terá sido a crise despoletada pelas agressões sexuais a mulheres na noite de passagem de ano a provocar uma mudança na posição de Merkel.

Segundo a DW,  depois das agressões sexuais na noite de réveillon em Colónia, a chanceler da Alemanha apoia agora um endurecimento das leis para acelerar a expulsão de imigrantes condenados por crimes.

As vítimas dos ataques apontaram como autores das agressões homens “de aparência árabe ou do norte de África”, dando origem a um debate aceso sobre a capacidade de a Alemanha integrar os quase 1,1 milhões de refugiados que procuraram o país em busca de asilo no último ano.

O Ministério do Interior alemão revelou na sexta-feira terem sido identificados 31 suspeitos – 18 dos quais requerentes de asilo – que estarão a ser investigados pela onda de agressões.

“O mais importante é que os factos acerca do ocorrido sejam mencionados de modo franco e aberto”, disse Merkel durante um encontro do seu partido, a União Democrata Cristã, na cidade de Mainz.

Aconteceram coisas terríveis, às quais devemos reagir“, disse a chanceler.

Esta foi a primeira vez que a chanceler se manifestou explicitamente a favor de uma mudança na legislação.

Horas antes, os ministros do Interior, Thomas de Maizière, e da Justiça, Heiko Maas, tinham estado reunidos para discutir modificações nas leis de asilo da Alemanha.

Segundo as leis atuais, os requerentes de asilo na Alemanha apenas podem ser deportados caso a Justiça os condene a três anos de prisão e julgue que não enfrentarão riscos ao serem repatriados.

Na sequência do encontro de Mainz, a CDU emitiu uma posição oficial a solicitar o endurecimento da lei para casos como os de Colónia, e a redução dos obstáculos à deportação de refugiados culpados por crimes no país.

Uma coisa é certa, a “política de boas vindas” parece ter os dias contados.

ZAP

5 Comments

  1. Foi por culpa dela que entraram, e não só na Alemanha mas em toda a Europa, felizmente que destes nenhum queira vir para Portugal, se calhar ouviram dizer que as mulheres portuguesas têm bigode, disso já eles estão fartos na terra deles!!!

  2. Deportação???
    Primeiro cumpriam pena, que os reclusos e principalmente os Skins alemães os faziam pagar, o que fizeram e só depois os deportar… primeiro pagam pelo que fizeram.
    Um aparte… com tanto controlo em registos telefónicos, ameaças bombistas, etc… como foi que centenas (há quem diga milhares) de “pessoas” combinam ataques sexuais e roubos e ninguém soube… foram milhares de mensagens passadas de certeza, e não só na Alemanha pelos vistos e mais… como é possível terem-se contactado entre eles…possuem uma base de dados entre eles???
    Podia ter sido a minha mulher ou a minha filha…. ;(

  3. No dia em que os políticos europeus abrirem completamente os olhos já será demasiado tarde para inverter a marcha dos acontecimentos!

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