A quatro dias das eleições autárquicas, o executivo de Fernando Medina pagou 19.700 euros ao Gabinete de Estudos e Projetos Paulo Pedrosa para elaborar um projeto de execução para uma rotunda ciclável na Almirante Reis.
A ciclovia da Almirante Reis foi um dos temas mais sensíveis da campanha eleitoral e volta agora a dar que falar. O Observador avança que, a quatro dias das eleições, a autarquia de Lisboa fechou um ajuste direto para um projeto de rotunda apta para bicicletas, mais especificamente na Praça do Chile.
O executivo de Fernando Medina deu ao Gabinete de Estudos e Projetos Paulo Pedrosa um prazo de 15 dias e pagou 19.700 euros. O contrato terá sido assinado a 22 de setembro e publicado no Portal BASE mais de uma semana depois: no último dia do mês e, portanto, depois das eleições.
Cinco dia antes de assinar o contrato, numa das suas ações de campanha, Medina fez o percurso ciclável entre Telheiras e o Martim Moniz – ou seja, percorreu a avenida Almirante Reis de bicicleta.
O Observador questionou a autarquia, mas não obteve resposta em tempo útil. Uma fonte da Câmara Municipal explicou, contudo, que se tratou de um ajuste ao projeto já existente para a Praça do Chile, que não contemplava uma parte ciclável, uma vez que na altura em que o projeto foi desenhado ainda não existia qualquer ciclovia na avenida Almirante Reis.
Sobre o facto de o ajuste ter sido realizado a quatro dias das eleições autárquicas, quando um dos candidatos (Carlos Moedas) já tinha garantido que seria para eliminar a ciclovia, a autarquia não se pronunciou.
O diário noticia ainda que a Câmara Municipal da capital adjudicou duas sondagens, pedidas pela Polícia Municipal, em agosto, por 65 mil euros.
A autarquia lisboeta esclarece que o ajuste, na sequência de uma consulta pública feita a 23 de julho, se enquadra no “Protocolo de Cooperação para a avaliação do Policiamento Comunitário e de Vitimação da Cidade de Lisboa celebrado entre o Município de Lisboa e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa”.
Os dois estudos tinham como objetivo “avaliar o programa de policiamento comunitário da Polícia Municipal de Lisboa” e “elaborar um estudo sobre a vitimação, em 2019, na população residente em Lisboa”.
E ainda falta apurar muita coisa.
Este ladrão devia ser preso.
Vias e rotundas cicláveis em Lisboa, o homem deve andar a sonhar com bicicletas! A Almirante Reis que já se tornava escassa para tanto trânsito, com uma ciclovia deve estar apelativa para todos! A cidade foi construída noutra época, para suportar essas mordomias atuais bem teriam que arrasar parte da cidade e alargar espaços! Nunca pensou, por exemplo, de construir parques de estacionamento fora da cidade servidos de autocarros e metro evitando assim a entrada de veículos dos não residentes na cidade.
Se o Medina pagou, tudo bem; grave seria se fosse a Câmara a pagar….