Presidente-executiva e marido foram “apanhados” no Parlamento. Mas Alexandra Reis, que denunciou a situação, fez o mesmo.
Uma das diversas revelações que têm surgido na comissão parlamentar de inquérito relacionada com a TAP, no Parlamento, foi a aparente utilização de viaturas da empresa para serviços pessoais.
Alexandra Reis, antiga administradora, contou aos deputados que um motorista quase foi despedido por ter comentado que Christine Ourmières-Widener utilizava carros e motoristas da TAP para fins pessoais.
O presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja, “perdeu a paciência” quando soube do que tinha acontecido: a CEO e o seu marido utilizavam funcionários e viaturas da empresa.
Numa conversa com um motorista, ouviu o funcionário relatar: “Hoje está complicado. Porque estou consigo, há um motorista que está com a Christine e um terceiro com o marido da Christine o dia todo”.
No entanto, a lista não se fica por aqui.
De acordo com o Dinheiro Vivo, Fernando Medina já fez o mesmo. A esposa do ministro das Finanças, Stéphanie Sá Silva, era directora-jurídica da TAP e, durante período, também teve direito a um carro de serviço atribuído pela TAP.
Stéphanie alterou o carro da empresa à sua maneira, deu-lhe uma nova decoração, e Medina foi visto a conduzir aquele carro em diversos momentos.
E Alexandra Reis, que deixou este alerta em conversa com os deputados, também seguiu essa prática: aproveitou um motorista e um carro da TAP para levar os seus filhos para treinos de futebol.
Gonçalo Pires, administrador financeiro da TAP, também pediu a funcionários da empresa que fossem buscar os filhos à escola.
Voltando ao contexto de Christine Ourmières-Widener, o portal revela que a viatura da TAP foi ao aeroporto buscar o marido, Floyd Murray Widener. Em diversos momentos.
Nós pagamos tudo. Este Medina representa tudo aquilo que é mau na democracia portuguesa. Medinices.