O Mar Morto não é um mar. Na realidade, é um lago, salgado e fechado.
Localizado no Médio Oriente, entre Israel, a Cisjordânia e a Jordânia. Apesar de o nome sugerir, o Mar Morto não é mar.
Desde logo, não está ligado ao oceano, não sendo, por isso, provido de massas de água marítima.
A água entra neste lago apenas através da chuva e de rios; e só sai quando se evapora.
A saída da água por evaporação é facilitada pelo clima quente e seco que se faz sentir naquela região do Médio Oriente. Mas esta não é a única característica que faz do Mar Morto o lago mais peculiar do mundo.
Como aquela região tem um clima tão quente e não há “escoamento” de água a não ser por evaporação, os sais acumulam-se na água.
E é, sobretudo pela salinidade extremamente elevada que o lago com 76 quilómetros (km) de comprimento e até 18 km de largura é conhecido.
De acordo com a Geology Science, tem mais de 30% de salinidade; enquanto os oceanos têm, em média, 3,5%.
Este fenómeno torna a água tão densa que o nosso corpo flutua.
Como consequência destas condições tão atípicas, o lago não tem vida aquática (praticamente). Quase nenhum ser vivo sobrevive, a não ser algumas bactérias e micro-organismos ultra-resistentes.
É essa ausência de vida que justifica o nome “Morto”. Já a parte do “Mar” é culpa da grande quantidade de sal existente, tal como os mares verdadeiros.
Outra das grandes curiosidades do pedaço de água mais famoso do Médio Oriente é que é casa do ponto mais baixo da Terra.
De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, as margens deste mar estão a cerca de 430 metros abaixo do nível do mar.
Nem o mais “morto” do mundo
Na categoria dos mares, o Mar Morto não é o mar mais salgado do mundo, porque não é mar.
Na categoria dos rio, o lago Mar Morto não é o rio mais salgado do mundo, porque existe o Lago Don Juan, na Antártida, que tem uma salinidade de mais de 40%.
Ou seja, nem mar… nem o mais “morto” do mundo.
Como refere a revista Super Interessante, a salinidade deste lago é tão elevada que nunca congela, mesmo a temperaturas negativas extremas – que podem passar os -50ºC.