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Novo medicamento pode ser eficaz contra a covid-19. Temido já foi avisada, mas para já o fármaco não é usado

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Massimo Percossi / EPA

Depois da polémica com a eficácia do remdesivir, um novo medicamento está a ser apontado como fulcral para o tratamento de doentes com covid-19. Chama-se ivermectina, e é um anti parasitário produzido, entre outros, pela farmacêutica portuguesa Hovione.

A recomendação do uso deste medicamento já foi feita em Portugal, mas também em outros países do mundo.

Há cerca de uma semana, um grupo de médicos norte-americanos fez um apelo ao Senado para que se começasse a dar uso a este fármaco no combate à pandemia. Em Portugal, um pedido semelhante também chegou às autoridades de saúde, mas para já o medicamento ainda não está a ser usado no tratamento de pacientes com o novo coronavírus.

Contudo, o fármaco deu provas da sua eficácia. Em abril, a substância foi utilizada in vitro por investigadores australianos e em 48 horas conseguiu eliminar a presença do novo coronavírus.

O ex-presidente do conselho de administração do Hospital de São João, António Ferreira, que integra um grupo de profissionais de saúde de vários países, é um dos especialistas que defendem a utilização da ivermectina.

Há cerca de um mês, o médico enviou à ministra Marta Temido, ao secretário de Estado-adjunto e à diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, cartas a pedir a disponibilização do fármaco em regime de profilaxia e de tratamento precoce da covid-19.

Segundo o Expresso, as cartas escritas pelo especialista sustentam que a ivermectina tem “perfis de risco-benefício e de custo-eficácia adequados”, além de estar amplamente disponível no mercado.

O apelo de António Ferreira foi também enviado à presidente da Comissão Parlamentar de Saúde, Maria Antónia Almeida Santos, que já admitiu a possibilidade de levar o tema a discussão.

Depois de o medicamento ter dado provas da sua eficácia na Austrália, um estudo mais recente realizado no Bangladesh mostrou o recuo da infeção entre doentes medicados com estes fármaco após os primeiros sintomas, e sem efeitos adversos.

O professor do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Kamal Mansinho, diz que “o estudo é cientificamente válido, mas apenas exploratório porque o número de participantes não permite estabelecer relações causais”. No entanto, defende que “os pequenos sinais que vão surgindo levam a que se investigue o valor terapêutico, até pelo seu baixo custo”.

Contactado pelo Expresso, o Infarmed revela que “as indicações terapêuticas são avaliadas na sequência de submissão, pelo promotor, dos estudos científicos que as sustentem e no caso da ivermectina não foi submetido nenhum pedido de alargamento de indicações terapêuticas”.

Roberto Roncon, médico intensivista do Hospital de S. João, olha para estes fármacos com algum ceticismo. “Já assistimos a vários fracassos quanto à terapêutica e profilaxia farmacológica. Sobre a ivermectina, e apesar da sua eficácia in vitro, não foram publicados ainda resultados de ensaios que permitam ter segurança na sua utilização”, destaca.

De recordar que, anteriormente, o remdesivir foi apontado como benéfico para o tratamento de pacientes com covid-19, mas ao contrário das expectativas iniciais geradas pelo medicamento, parece afinal não ser capaz de reduzir as mortes entre os pacientes com covid-19.

Ana Moura, ZAP //

10 Comments

  1. Porque não há coragem para discutir o assunto?
    Se são profissionais especialistas competentíssimos que estão a solicitar, porque não atender e responder?

    • Porque ainda não se encheu os bolsos de alguns amigos, não interessa que se descubra uma cura que banalize a doença e retire o pânico, especialmente a um custo baixo, primeiro à que vacinar toda a sociedade.

      Por isso se aceita uma vacina com 2 meses de testes mas não uma cura com 7 meses de testes

  2. São aqueles que nos vendem testes, vacinas e que inventam “novas estirpes” ( uma estirpe leva anos a alterar-se) do virus que “era chinês”, (lembram-se?) que dominam os governos, oms, redes sociais, que estão a ganhar com o pânico criado. Para esses, os milhôes gastos em testes e vacinas ainda não foram suficientes, por isso, não interessa estragar o negócio com supostos medicamentos conseguidos por terceiros.

  3. A Ivermectina vem sendo usado e recomendado em Natal RN – Brasil, pela Secretaria Municipal de Saúde, após
    o Infectologista Dr. Fernando Suassuna afirmar que existem 85 estudos que comprovam Ivermectina contra Covid19.

  4. Temos que ter calma, só vai ser aprovado um medicamento contra a covid19, e há alguns já conhecidos e usados quase ás escondidas, quando já não for possível ganharem rios de dinheiro com as vacinas.
    É a lei do mercado, criaram uma “pandemia do pânico”, fizeram lavagem cerebral ao povo que a covid19 só desaparecia quando houvesse uma vacina, e agora temos que esperar, há mais de uma centena de laboratórios a desenvolver ainda vacinas, e todos eles querem meter a mão no pote.
    Depois temos a economia, quem tiver uns dinheiritos vai comprar bens de grande valor ao preço da “uva mijona”
    Tudo isto com o apoio dos políticos e a nível global…

  5. 27/10/2011
    Decorria a década de quarenta do século 20 dC, viva-se momentos muito difíceis, na generalidade dos lugarejos e cidades deste país, não havendo trabalho, e consequentemente, forma de alimentar a família, mas havia valores ancestrais bem mais valiosos do que os bens materiais, havia honestidade, humildade, confiança, respeito e integridade em honrar os compromissos assumidos, independentemente do estatuto social.
    Vivia-se também com espírito de solidariedade, de entre ajuda pois, à época, e devido aos horrores da I e II guerra mundial, imaturidade e intolerância política, a vivência das famílias portuguesas em nada foi facilitado, mas graças aos valores atrás referido, que nos foi ensinado pelos nossos pais e avós, as barreiras do tempo, imposta por indivíduos doentes pelo poder foram vencidas, sendo ainda hoje possível vermos uma pequena centelha de homens e mulheres que valorizam e praticam com convicção esses grandes valores.
    Passado trinta anos, emergiu uma nova filosofia de vida, desabrochando e lecionando-se novas metodologias de vivência social, empresarial e política, em detrimento dos valores mencionados, criando-se inclusive, políticas favoráveis à proliferação da corrupção, pondo em causa a subsistência e boa relação de amizade e vizinhança da sociedade.
    Os homens, com a cegueira do poder e tudo querer, têm vindo a criar comportamentos inadequados e nada abonatórios a uma política harmoniosa da sociedade, forçando e criando desestabilidade, cavando cada vez mais fundo o fosso da desigualdade, provocando o desflorar de todas as emoções negativas, conforme se verifica, infelizmente um pouco camufladamente, por todo o mundo.

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