O Zolgensma, o medicamento mais caro do mundo, pode chegar à Europa e, consequentemente a Portugal, ainda este ano, escreve o jornal Público.
O fármaco, que custa cerca de dois milhões de euros, tornou-se familiar nos últimos dias depois de os pais da bebé Matilde, que tem apenas dois meses, trazerem a público que a sua filha sofre de atrofia muscular espinhal (AME) do tipo 1.
Os pais lançaram um apelo para reunir dinheiro para procurar o tratamento nos Estados Unidos, indicando que Zolgensma “poderá ser a cura” para a atrofia muscular espinhal e representar assim a hipótese” de salvar a vida do seu “bebé especial”.
No entanto, a medicamento pode chegar a Portugal mais cedo do que se pensava. São ainda precisos alguns passos, como explica o matutino esta segunda-feira.
Primeiro, o Zolgensma tem de ser aprovado pela Agência Europeia do Medicamento (EMA). Só assim poderá ser utilizado na Europa. Nos Estados Unidos, e de acordo com o mesmo jornal, a comercialização deste medicamento foi aprovada em maio de 2018.
Agora, o laboratório que desenvolveu o medicamento já pediu autorização à EMA para o comercializar na Europa. O processo para introduzir o fármaco na Europa está a ser acelerado e pode mesmo ocorrer ainda este ano.
A doença da bebé Matilde afeta todos os músculos do corpo e causa perda de força, atrofia muscular, paralisia progressiva e perda de capacidades motoras, sendo o seu tipo a forma mais grande de AME.
A bebé encontra-se internada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, devido a complicações respiratórias. A criança está a fazer o tratamento disponível em Portugal. Em declarações ao Público, a mãe da criança, Carla Martins, disse que a Matilde estava, neste domingo, em situação clínica “estável”.
Os pais da bebé, que contam toda a história na sua página de Facebook, continuam com o apelo, tendo revelado este sábado que já conseguiram reunir 817 mil euros em donativos.