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Matteo Renzi demite-se após pesada derrota no referendo em Itália

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palazzochigi / Flickr

Matteo Renzi, primeiro-ministro italiano

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, anunciou esta noite a sua demissão na sequência da vitória clara do “não” no referendo à reforma constitucional, numa declaração transmitida em direto pela televisão.

“A minha experiência como chefe do governo termina aqui”, declarou Renzi, acrescentando que apresentaria esta segunda-feira a demissão ao presidente italiano, Sergio Mattarella, após o fim do Conselho de Ministros.

O ‘não’ venceu de forma clara“, disse Renzi. “Assumo a responsabilidade pela derrota, Agradecerei aos meus colegas por esta extraordinária aventura, uma equipa coesa, forte e compacta. Vou apresentar a minha demissão ao Presidente”, acrescentou.

Segundo dados do Ministério do Interior italiano, o “não”, apoiado pelo movimento populista M5S – Cinco Estrelas, de Beppe Grillo, venceu o referendo com 59,5% dos votos.

Cerca de 70% dos eleitores italianos votaram no referendo, uma participação excecionalmente alta.

A proposta de reforma constitucional do primeiro-ministro Matteo Renzi, que pretendia reduzir os poderes do Senado, foi  chumbada pelos italianos.

Caso fosse aprovada, a reforma excluiria o Senado do processo legislativo. Além de se transformar sobretudo num órgão consultivo, o Senado passaria a ser formado por apenas 100 senadores, contra os atuais 315, escolhidos pelos governos regionais e locais.

Para os defensores do “sim”, esta reforma iria garantir maior estabilidade governativa num país que teve 63 governos em 70 anos de democracia.

Para os defensores do “não” estava em causa evitar uma excessiva concentração de poder nas mãos do chefe de Governo.

Os opositores do plano de Renzi temiam que a reforma acabasse com o delicado equilíbrio entre os vários poderes estabelecido com a Constituição de 1948, depois da II Guerra Mundial e de 20 anos de ditadura de Benito Mussolini.

Quando Renzi apresentar a demissão, Mattarella ficará encarregado de negociar a constituição de um executivo de gestão ou, caso não seja possível, antecipar as eleições legislativas.

A maioria dos analistas prevê que a administração de Renzi seja substituída por um executivo de gestão dominado pelo Partido Democrático do primeiro-ministro demissionário, que ficará em funções até às próximas legislativas, previstas na primavera de 2018.

O ministro das Finanças, Carlo Padoan, é o favorito para substituir Renzi, que ocupou a chefia do governo durante dois anos e meio.

ZAP / Lusa

1 Comment

  1. Para onde caminhamos? A Bíblia diz: “E [o rei do norte = Rússia desde a segunda metade do século XIX. (Daniel 11:27)] tornará para a sua terra com muitos bens [1945], e o seu coração será contra a santa aliança [a hostilidade em relação aos cristãos. A União Soviética introduziu o ateísmo estatal]; e vai agir [isso significa alta atividade no cenário internacional], e voltará para a sua terra [1991-1993. A dissolução da União Soviética e o Pacto de Varsóvia. As tropas russas retornaram a sua terra]. No tempo designado voltará [isso significa crise, que irá eclipsar a Grande Depressão; a desintegração não só da área do euro, mas também da União Europeia e da NATO. Muitos países do antigo bloco de Leste voltará à esfera de influência russa].” (Daniel 11:28, 29a)

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