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“Matou 3 vezes”. Português condenado a prisão perpétua pela morte da ex-namorada no Luxemburgo

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InternetAgeTraveler / Flickr

A justiça luxemburguesa condenou o português Marco Silva, de 32 anos, a prisão perpétua pela morte da ex-namorada, Ana Lopes, de 25 anos, considerando que o emigrante luso “não quis deixar nada a esta mulher” e que, feitas as contas, “matou três vezes”.

Marco Silva foi condenado a prisão perpétua e a pagar multas de 100 mil euros e de 25 mil euros, respectivamente, aos pais e à irmã da jovem natural de Seia. Tem ainda que pagar uma multa de 100 mil euros ao filho menor que teve com Ana Lopes. A criança tinha 22 meses aquando do assassinato.

O corpo de Ana Lopes foi encontrado no seu carro, ambos totalmente queimados, numa estrada da localidade francesa de Roussy-le-Village, na fronteira com o Luxemburgo.

Ele tirou-lhe a vida, queimou o seu corpo e quis destruir a sua reputação“, aponta-se na decisão de condenação do emigrante português, conforme cita o jornal luxemburguês Le Quotidien.

“Não quis deixar nada a esta mulher”, refere ainda o acórdão, considerando que, em teoria, Marco Silva matou a companheira três vezes – a primeira quando lhe tirou a vida, esfaqueando-a nas costas, a segunda quando queimou o seu corpo e a terceira quando tentou denegrir a imagem dela em tribunal, como reporta o Contacto, jornal de Língua Portuguesa no Luxemburgo.

Durante o julgamento, Marco Silva alegou sempre inocência, contestando “os factos contra todas as probabilidades” e recusando “um último consolo à família: saber o porquê e o como”, analisa ainda a decisão do tribunal.

Aquando da leitura da sentença, o emigrante português voltou a reclamar inocência e exigiu a libertação. “Ninguém pode provar o contrário do que digo”, afirmou, salientando que na noite do crime esteve a passear os três cães com a mãe e que depois esteve em casa.

Mas para o tribunal, Marco Silva planeou tudo “escrupulosamente”, apanhando a companheira na estrada, a poucos metros da sua residência, no dia 16 de Janeiro de 2017.

Pode-se descartar que Ana estava no lugar errado na hora errada“, aponta a decisão judicial, considerando que “o perpetrador conhecia necessariamente a vítima: conhecia o seu endereço e os seus hábitos”. “Ele sabia que ela tinha saído naquela noite” e “conhecia perfeitamente o seu carro que estava estacionado a 470 metros do local da agressão”, destaca ainda.

O ADN encontrado numa fita adesiva que estava a 55 metros do carro incendiado foi determinante para a condenação, bem como o historial do casal que já seria conhecido da polícia devido às queixas que Ana Lopes tinha apresentado contra Marco Silva, como destaca a TVI.

Susana Valente, ZAP //

1 Comment

  1. Na Europa a sério, a justiça funciona, em Portugal é o que se vê…Sr Presidente vamos continuar a ser diferentes dos outros porquê?

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