Só depois de ouvir os especialistas da Direção-Geral da Saúde (DGS) é que o Parlamento vai decidir sobre o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras no exterior.
Portugal avançou esta segunda-feira para a segunda fase do desconfinamento, mas a obrigatoriedade do uso de máscaras na rua mantém-se.
Inicialmente, o Governo indicou que esta obrigação cairia quando fosse atingida a meta dos 70% de população totalmente vacinada – um objetivo atingido na passada quarta-feira -, mas a decisão cabe aos deputados, uma vez que a medida foi decidida pelo Parlamento.
A lei vigora até 12 de setembro e o Jornal de Negócios escreve que os deputados querem primeiro ouvir os epidemiologistas da Direção-Geral da Saúde (DGS) antes de se pronunciarem.
No sábado, o grupo parlamentar do PSD divulgou um requerimento nesse sentido e o PS concordou. Os sociais-democratas sustentam que a decisão sobre a manutenção ou fim do uso de máscara “não é exclusivamente do foro político, uma vez que pode ter consequências para a saúde pública, pelo que deve ser tomada com sustentação científica”.
À Rádio Observador, o deputado socialista José Magalhães disse que a proposta do PSD “faz todo o sentido“. “A decisão tem de ser tomada com serenidade e tranquilidade.”
Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, também remeteu, no fim de semana, a decisão para a DGS.
Segundo o Negócios, a audição deverá ocorrer por videoconferência para acelerar o calendário. No entanto, o Parlamento só retoma a atividade no dia 7 de setembro.