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Para Marques Mendes, Marcelo venceu os debates. “Foi ao campo de Ventura e derrotou-o”

PSD / Flickr

Luís Marques Mendes

Este domingo, no habitual espaço de comentário na SIC, Luís Marques Mendes atribuiu a vitória dos debates presidenciais a Marcelo Rebelo de Sousa. Por outro lado, o candidato do Chega, André Ventura, “não foi capaz de mostrar um pensamento estruturado ou uma ideia sólida”.

Para o comentador político, os debates presidenciais foram “globalmente muito úteis”. Passando em revista todos os candidatos a Belém, Luís Marques Mendes disse que Vitorino Silva se mostrou “espontâneo e genuíno” e que João Ferreira “fidelizou os eleitores do PCP”. E se Marisa Matias “foi a grande desilusão”, Tiago Mayan foi “a maior surpresa”.

Ana Gomes, a candidata socialista que não conta com o apoio do partido, “esteve globalmente em bom nível”, ao contrário de André Ventura, que “perdeu face às expectativas, ficou aquém, não foi capaz de mostrar um pensamento com substância”. “Mas vai ter um bom resultado”, completou Marques Mendes.

Os maiores elogios – e a taça, se houvesse – foram atribuídos ao atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que “esteve bem em todos os debates, mas particularmente com André Ventura e com Ana Gomes”.

O antigo líder social-democrata comparou Marcelo a Macron, na forma como “foi ao campo de Ventura e o derrotou”.

Sobre as eleições marcadas para 24 de janeiro, o comentador mostrou-se certo de que não haverá alteração da data, independentemente da situação pandémica. Marques Mendes rejeitou adiamentos, uma vez que “ninguém garante que se se adiasse uma ou duas semanas a situação estivesse melhor”. Além disso, um adiamento mais longo “precisa de uma revisão constitucional”.

Este domingo, o ministro da Administração Interna (MAI), Eduardo Cabrita, revelou o que muda nas próximas eleições Presidenciais, confirmando que os idosos que vivem em lares poderão votar antecipadamente. O Governo anunciou também o alargamento do voto antecipado em mobilidade e o aumento do número de mesas de voto, diminuindo consequentemente o número de eleitores em cada mesa.

A comunicação do ministro mereceu elogios por parte de Luís Marques Mendes. “Esteve bem”, disse, referindo-se a Eduardo Cabrita.

Quanto ao caso do procurador europeu, o comentador avisou que “a procissão ainda vai no adro”. “Este assunto merecia uma comissão de inquérito parlamentar, mas António Costa teve a sorte de nenhum partido o ter pedido”, disse.

Ao dizer que “pensou em pôr o lugar à disposição, a ministra esteve mal”, uma vez que, em seu entender, “é um assumir de culpa”.

“Não há alternativa a um confinamento geral”

“Vamos ter um confinamento geral e não há alternativa“, disse Marques Mendes este domingo, na antena da SIC, lembrando que deverá durar, pelo menos, um mês.

Os pormenores serão conhecidos na quarta-feira, após o Conselho de Ministros. Mas “porque é que a decisão do próximo Conselho de Ministros não foi tomada na passada semana?”, questionou.

O comentador criticou o “facilitismo e relaxamento” por causa da vacinação e disse que “estamos a pagar essa leviandade”, ainda que tenha feito um balanço positivo do processo de vacinação. O único senão? “É lento“.

Os números apresentados por Luís Marques Mendes indicam que só 74.099 pessoas tomaram a primeira dose da vacina. Na próxima semana, devem ser ministradas oito mil doses da Moderna e 399 mil doses da da Pfizer até final de janeiro. Nas suas contas, devem chegar 1,2 milhões de vacinas até ao final de março para inocular 600 mil pessoas em Portugal.

“As pessoas têm de ter calma”, apelou.

Liliana Malainho, ZAP //

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