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Governo é o “grande vencedor da greve” e Pardal Henriques “o rosto da derrota”

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Mário Cruz / Lusa

Luís Marques Mendes

O comentador da SIC e ex-líder do PSD Luís Marques Mendes aproveitou o espaço no seu comentário semanal para elogiar a ação do Governo de António Costa nesta greve: “O grande vencedor é o Governo, goste-se ou não. É factual, é objetivo”, afirmou, acrescentando que não se podem criticar medidas como os serviços mínimos ou a requisição civil.

“Em abril, o Governo foi amador. Agora, foi profissional”, frisou, referindo a criação de uma “espécie de troika” composta por António Costa (primeiro-ministro), Pedro Nuno Santos (ministro das Infraestruturas) e João Matos Fernandes (ministro do Ambiente), segundo noticiou o Observador no domingo.

“Todos cumpriram a sua missão com enorme profissionalismo”, referiu, sobre uma greve que acabou por “dar jeito” ao Executivo. “Deu para mostrar que, além de ser o Governo das contas certas, é o Governo da autoridade”.

Luís Marques Mendes também tem críticas ao Executivo de António Costa, nomeadamente alguns “exageros” como a notificação de motoristas por parte da GNR à porta de casa. “Não havia necessidade de ter alguns tiques de arrogância e de autoritarismo”, disse, criticando ainda uma “overdose mediática” promovida pelo Governo.

Outro dos vencedores apontados pelo comentador da SIC são os próprios camionistas como classe. “Os camionistas ganharam porque dois outros sindicatos (FECTRANS e SIMM) chegaram a acordo com a ANTRAM e com esses acordos os camionistas garantiram bons aumentos salariais”, começou por apontar o antigo líder do PSD.

Destacou ainda que os aumentos são “justos” e que “a posição de camionista é uma posição duríssima e o país ficou a saber isso”.

Contudo, o ex-líder do PSD considerou que o SNMMP e Pardal Henriques são os principais derrotados desta grave. “O grande objetivo que tinham era parar o país e não conseguiram. O segundo objetivo era conseguirem importantes aumentos salariais, mas os que houve foram por força da FECTRANS e do SIMM. Em terceiro, conseguem agora a mediação, mas é a mesma mediação que recusaram há 15 dias”, apontou.

Rodrigo Antunes / Lusa

O presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Francisco São Bento (D) e o porta-voz do (SNMMP), Pardal Henriques (2-D)

“Eles estão a disfarçar a derrota, mas é uma derrota. Estão a salvar a face, mas não deixa de colocar a nu as fragilidades enormes deste sindicato”, sublinhou, apontado a falta de “estratégia”, os “ziguezagues” e o afastamento da opinião pública. “O sindicato sai muito mal neste processo”, sentenciou, “e Pardal Henriques é o rosto da derrota”.

Relativamente à postura da oposição, esta “não tinha grande espaço de manobra”. Se o PSD e o CDS “estivessem no poder, teriam tomado decisões praticamente iguais às do Governo. Como aconteceu no passado, com Passos Coelho, até em circunstâncias menos delicadas do que estas”, indicou Luís Marques Mendes, citado pelo Jornal Económico.

Para o comentador, ao invés “de falar na 25.ª hora”, Rui Rio “devia ter interrompido as suas férias antes da greve começar”, “reunido com o Governo, com os sindicatos e com os patrões”, “feito exigências a todos de diálogo e abertura negocial e devia ter-se antecipado ao Governo nas questões da defesa do interesse público e da autoridade do Estado”.

“Marcava a agenda, condicionava o Governo e, a seguir, teria mais autoridade para o criticar, se fosse o caso”, concluiu.

Segundo Luís Marques Mendes, as “duas sensações” que ficam é que Rui Rio “só falou porque foi pressionado pelas críticas da comunicação social e dos seus companheiros de partido” e que “disse coisas certas no tempo errado – disse que o Governo andou mal no princípio e que passou a andar bem na parte final. Ora, a verdade é que quando o Governo andou mal Rio esteve calado. Quando o Governo passou a andar bem é que Rio veio dar uma conferência de imprensa”.

 

 

Quanto ao panorama económico nacional, o comentador da SIC apontou os dados divulgados esta semana pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) e pelo Eurostat, que mostram que a economia está a crescer 1,8%, acima da média europeia, resistindo ao abrandamento da economia internacional. No entanto, “estamos a crescer menos que os países do nosso campeonato – os países de Leste”.

Em relação à Zona Euro, indicou que esta está em “claro abrandamento económico” e a “situação pode ainda piorar, porque a Alemanha corre o sério risco de entrar em recessão nos próximos meses”.

 

TP, ZAP //

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3 Comments

    • Ficará numa gaiola talvez mais tarde, tudo depende do resultado das investigações em curso au encontro deste Advogado, com um currículo profissional aparentemente suspeito. O melhor seria não ouvir falar mais deste “Pardal” oportunista !

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