O título parece saído de um filme de fantasia ou ficção científica, mas o problema é real: Marine Le Pen terá a lutar por si um verdadeiro batalhão de trolls da internet.
Segundo o Buzzfeed, vêm com artilharia pesada: milhares de perfis falsos, notícias fraudulentas e disponibilidade para todo o tipo de campanha negra. Os principais dinamizadores são norte-americanos e apoiantes de Donald Trump.
Ambicionam vencer as presidenciais francesas deste ano com uma tática semelhante à que elegeu o multimilionário nos Estados Unidos.
De acordo com os dados revelados pelo portal, este grupo é internacional e tem um objetivo claro – querem que a Frente Nacional pareça a única voz legítima da política francesa. Para isso, a tática passa por disseminar um discurso em que se apresentam os outros concorrentes como inimigos dos valores nacionais e tradicionais.
Estes trolls ganharam força com a vitória de Trump nos Estados Unidos e, revela o Buzzfeed, estão organizados através da app Discord, tradicionalmente orientada para conversações entre gamers. ‘A Grande Libertação da França‘, é o nome que dão à campanha virtual que vão levar a cabo.
Querem parecer autênticos, verdadeiramente franceses. Têm como objetivo inundar as contas de Facebook dos outros candidatos com comentários de perfis falsos – idealmente, de jovens, raparigas bonitas, judeus e gays – todos os que normalmente não se associam à Frente Nacional.
Os espaços dos leitores nos jornais também são um alvo e o Twitter já começa a ser invadido com hashtags a favor da extrema-direita e contra François Fillon, o conservador que é o principal oponente de Marine Le Pen.
Influência pode estender-se a outros países
O grupo apresenta alguma complexidade de organização, com uma distribuição de tarefas clara e metódica. A produção de memes e o apoio a outros movimentos populistas internacionais também constam nos seus objetivos.
Ter-se-ão mobilizado para o Referendo Italiano, para as Presidenciais Austríacas e, depois de França, tudo aponta estarem a preparar-se para as Eleições legislativas holandesas e as federais da Alemanha.
É pedida ainda a colaboração dos participantes de cada um dos países para que possam dar indicações úteis na produção de materiais que possam adequar-se de forma clara às especificidades culturais de cada nação.
O Buzzfeed revela que A Grande Libertação de França é apenas uma face visível de um grande conjunto de salas de chat privadas em que é feita a partilha de links e informações. Uma perfeita rede colaborativa de contra-informação, consubstanciada numa robusta sofisticação tecnológica e especialistas em social media.
O utilizador que revelou ao site toda a informação agora publicada prefere ficar anónimo. Teme represálias. Refere que este processo se iniciou imediatamente a seguir às eleições norte-americanas. “Um gajo veio invadir um monte de posts no 4chan a convidar malta para se juntar ao seu pequeno ‘exército de trolls’ e lançar a próxima revolução em França“.
Conspiração pró-russa?
A mesma fonte suspeita que, além dos americanos e franceses envolvidos, existe neste momento “uma aliança frouxa, um casamento de conveniência entre neo-fascistas russos, como o politólogo Alexander Dugin, e a alt-right internacional“.
“A agenda que eles têm em comum é a de levar políticos pró-Rússia a serem eleitos em todo o mundo. Não é tanto uma conspiração, é mais uma colaboração“, declara o utilizador.
Entendimento diferente tem o utilizador @Das Krout. “Eu estive aqui desde o início e não temos russos envolvidos, é só um bando de americanos. Não há trolls russos. Nós somos os trolls. Somos só pessoas normais e estamos fartos.”
Com 16 anos de idade e natural do Minnesota, nos Estados Unidos, este rapaz não se considera um “supremacista branco ou neo-nazi“, mas defende que as pessoas “têm o direito de preservar a sua identidade genética, racial e cultural“.
Sublinha que grupos como ‘A Grande Liberação de França‘ estão a desenvolver-se de forma rápida, massiva e orgânica por envolverem os utilizadores numa “forma divertida de romper com o modelo social dominante“.
Fernando Moreira de Sá, especialista em comunicação digital, assume que o uso das redes sociais “como instrumentos de comunicação de massas” é inevitável e essencial e que, “obviamente, estas também são usadas nas chamadas ‘campanhas negras’, a exemplo do que já existia antes“.
Este perito aproveita ainda para contextualizar este tipo de movimento de forma histórica. “Antes da existência das redes sociais já existiam campanhas negras – do folheto anónimo distribuído nas caixas de correio às “fontes anónimas” do jornalismo”.
“Evidentemente, o folheto anónimo foi substituído (ou nalguns casos acrescentado) pelos perfis falsos. As fontes anónimas tradicionais do jornalismo passaram para uma forma mais sofisticada, que são as fake news“, considera o especialista.
Marine será a próxima Presidente de França !
Com trolls ou sem eles…
Aí está um troll já a bombar.
He, he, he,….
Troll que se preze levanta-se cedo e trabalha com afinco!
Mas a serem verdade as acusações contra o Fillon (empregos fictícios com vencimentos milionários para mulher ~ 500.000€ e os filhos ~84.000€) não me parece que a oposição tenha qualquer estrutura moral para sequer apresentar candidato ao que quer que seja!
É que ela até pode não ser boa candidata mas se o Fillon for comprovadamente corrupto e ladrão… acho que nem precisa sequer por em questão em qual as pessoas vão votar.
É o mesmo que ter dois candidatos a director de uma creche, um é alguém que muita gente não gosta e o outro é o Bibi, qual achas que vai ter a mínima chance?!?
É verdade mas a Le Pen também tem umas coisinhas a explicar relativamente a uma acessora que teve, no parlamento europeu. Ao que parece era um esquema igual ao que agora acusam Fillon. Uma especie de acessora “fictícia”.
A verdade parece ser o contrário e vê-se como muitas forças andam mobilizadas contra o presidente americano e agora calhará a vez a Marine Le Pen, jovens e raparigas bonitas quem é que não gosta delas? A paneleiragem são certamente uns, agora apoiantes da FN! Até dá vontade de rir como conseguem inventar afirmação tão infantis para inverter toda a realidade.
Troll a vista
Bem apanhado.. lol… pois.. mas o Sr. Vasco não deixa de ter razão…
depois de tantas “verduras”e das más politicas de esquerda,os odiados vão chegar em força…era de prever…A História,mais uma vez se vai repetir,e mostrar que”os homens se esquecem bem rápido,e nada aprendem com o passado”…lamento,mas nada de bom por aí vem…caminhamos a passos bem largos,para uma “repetição da história”,só que agora os hitleres se multiplicaram…no 1º comment,sendo ou não um troll,marcou território…Direitas ou esquerdas,só governaram para roubar…logo,não vem por aí grande merda.
A comunicação social burguesa esta a fazer o trabalho que ela pretende, ou seja os fascistas ainda não desistiram… E a maioria da “comunicação social”, é uma das principais responsáveis deste tipo de fenómenos com cariz fascista e anti-democráticos…
Que saudades tem este estalinista dos tempos em que a esquerdalha controlava a comunicação social, impedindo que esta fosse livre. Queres “educar as massas” não é?
O problema não reside em Marines ou Trumps por esse mundo fora, o problema reside nos políticos de carreira, que ao longo dos anos só têm feito merda, e o povo está farto deles, e vai votar nestes outros que se aproveitam da situação. Estes só estão a aparecer devido à inercia, corrupção, etc., dos outros (políticos).
Veja o caso desse candidato francês François Fillon, que tal como o vosso artigo informa “Mulher de Fillon recebeu 900 mil euros por dois empregos fictícios”, mostram bem o tipo de políticos que estão a governar ou a quererem governar este mundo.
O povo já não sabe para onde se virar, e isto vai correr muito mal para todos nós.
A memória e curta… Mas alguns europeus, nossos pais, nossos avós….viveram na primeira pessoa, as consequências do totalitarismo…. Destruiçao, fome, miséria, injustiça….vamos repetir?
Mas o comunismo também não é solução. Alias o comunismo e o fascismo são iguais. Nestes dois modelos não existe a palavra liberdade.
Parece que sim…
Afinal quem nos Governa são uns desgovernados.
A culpa é da actual classe política que se instalou por esse mundo fora.
A regra é simples. Roubar o POVO em proveito próprio. A impunidade é absoluta.
Os cidadãos chegam a um ponto de descontentamento tal que se viram para estes extremismos.
Notícia fabricada pelas “elites” maçónicas que têm medo que tudo o que não é corrupto e jagunço da alta finança internacional.
Vejam o que andam a fazer com o Trump, qualquer dia acontece-lhe o mesmo que a Dilma, a presidente do Brasil.
Estes artigos conspiracionistas de liberais histéricos do condicional, são cada vez mais patéticos…