Marcelo volta à carga nos elogios a Passos Coelho. “Digo em voz alta o que muitos portugueses pensam”

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Rodrigo Antunes / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República considera ainda que a “generalidade dos portugueses” está a ter um “comportamento cívico irrepreensível” apesar da crise económica que já afeta a sociedade.

Marcelo Rebelo de Sousa não se deixou amedrontar pelas críticas que recebeu depois de há uma semana ter deixado publicamente palavras elogiosas a Pedro Passos Coelho. Tanto que hoje, no âmbito do Conselho Superior da Magistratura, reforçou os elogios. “Eu falei para dizer que o país lhe deve, porque deve mesmo, aquilo que fez durante o período da troika, e que é um ativo político importante para o futuro“.

Questionado pelos jornalistas sobre a intenção das declarações anteriores, tentou explicar-se através de poucas palavras e escudando-se no seu perfil institucional. “Em relação a Passos Coelho, como em relação a outras pessoas, falei como Presidente da República, e não como Marcelo. É a minha opinião como Presidente da República, dizendo em voz alta o que muitos portugueses pensam.”

A ocasião serviu ainda para o Presidente da República abordar outro tema na ordem do dia, as notícias que dão conta do aumento de roubos de produtos alimentares essenciais em supermercados e da proteção dos mesmos com sistemas de alarmes, como resultado da subida generalizada dos preços. “A generalidade dos portugueses está a atuar, apesar da crise, da situação económica e social, e apesar do que sofre, com um comportamento cívico irrepreensível“.

Ainda assim, não desperdiçou a oportunidade para destacar e sensibilizar para um flagelo que tem sido uma das bandeiras do seu mandato, a pobreza, a qual afeta atualmente dois milhões de pessoas. “É um problema de fundo da sociedade portuguesa”, com “casos demais que passam de geração em geração“.

Finalmente, e ao mesmo tempo que no Parlamento decorria a interpelação do Chega ao Governo sobre os alegados casos de incompatibilidade no Executivo de António Costa, Marcelo falou, mais uma vez de forma sucinta, sobre a demora na criação da Entidade para a Transparência, aprovada pelo Parlamento em 2019.

“A palavra [que Marcelo Rebelo de Sousa utiliza para descrever a situação] é muito simples: incompreensível.” Ainda no entender do entender do chefe de Estado, a demora no processo pode criar “uma sensação que pode haver nalguns portugueses de que afinal a transparência não é uma prioridade na sociedade portuguesa”.

ZAP //

12 Comments

  1. “O que muitos Portugueses pensam” !….. O que alguns pensam , talvez ! … A quem encomendou uma sondagem para afirmar “muitos” será que jà estamos em campanha Eleitoral , e que o Marcelo virou Presidente do PSD ? . Cada vez pior este “Comentador” !

    • Totalmente de acordo com o Sr. Atento. O presidente não consegue dissociar as suas cores como Presidente. Tem de ser um presidente neutro ou o povoo condenará. Até eu que votei Marcelo, começo a ficar farto das suas falhas.

  2. Se disse em voz alta o que pensa como PR, então voltou a ser o PR apenas dos portugueses que, como alegou, pensam assim. Como eu penso de forma absolutamente contrária não reconheço qualquer legitimidade a MRS para usar o cargo de que está investido para falar em meu nome. Por conseguinte, esta é uma das, infelizmente e ultimamente, cada vez mais vezes em que MRS não é o meu presidente.

  3. Calado eras um poeta … Como nunca estiveste calado, olha, chegaste a presidente da república das Bananas!

    Isto vale para todos os políticos … da esquerda à direita!

  4. O Marcelo agora resolveu idolatrar Passos. Eu como cidadão português não vejo nesse sujeito qualquer mais valia nem votaria nesse sujeito. Uma governação que nos atormentou demasiado que nos deixarou as piores recordações nos cortes das reformas. aumentos a triplicar de impostos com o ministro Gaspar , impostos, taxas. emigração que nos aplicou a maior austeridade de sempre.

  5. O Marcelo agora pavoneia-se a elogiar o Passos da famigerada austeridade. Eu só desejo que esta figura nunca mais volte nem o muleta do monte negro . A banca e os grandes grupos económicos vão florescer e os portugueses vão ser os subservientes dos senhores servirão de mão estendida . A privatização será o remédio milagroso que tudo curará. A edp e a ren vendidas para o estado chinês. E agora cada vez temos a eletricidade não para servir os cidadãos , mas para engordar os os grandes senhores.

  6. Marcelo desvalorizou os abusados pelos padres em Portugal . Como as críticas foram tantas que agora muda de conversa ou seja muda o bico ao prego. Só que ele não vê que Passos deixou um rasto de desagrado pela implantação de uma austeridade severa que seria irreversível que pôs de joelhos muitos portugueses. Pretende fazer acreditar que o Sebastião Passos vai voltar. Marcelo deixou o Psd por desentendimentos com os seus pares e quando era comentador da TVI não se detinha em fazer críticas a este e àquele. O que é de estranhar é que Passos não o apoiou quando da sua candidatura a presidente. O que lhe passou pela cabeça . A rua é o seu palco e serve para dizer e desdizer.

  7. Saudade saudade à incógnita do Passos. Não apoiaste o Marcelo mas ele agora reconhece-te com um Deus. Deste-lhe uma medalha dos mais altos serviços prestados à nação, agora manda-lhe fazer um monumento. As vítimas dos abusos dizia que não eram assim tantas . Será possível dizer-se uma coisa destas ? O dia mundial da juventude vai servir para quê se os padres pedófilos têm sido encobertos. Quanto ao passos falar dele nada me interessa. Nada valeu ou fez aquilo que Marcelo espalha aos quatro ventos. Palram pêga e papagaio e cacareja a galinha.

  8. «…o que muitos portugueses pensam…». O Sr.º Presidente da República de Portugal (RP), Marcelo Rebelo de Sousa, está a mentir, pois o Partido Social Democrata (PSD) liderado pelo Dr. Pedro Coelho perdeu as Eleições Legislativas de 2011 – só conseguiu 38,65 % (2.159.742 Eleitores) – para a Maioria Silenciosa dos Portugueses representados pela Abstenção que venceu esse acto eleitoral com uma percentagem de 41,93 % (4.035.539 Eleitores). Isto prova que o XIX Governo da República de Portugal (RP) não foi legitimo e o seu Primeiro-Ministro, Pedro Coelho, nunca contou com o apoio da maioria dos Portugueses, assim como o Sr.º Presidente da República de Portugal (RP), Marcelo Rebelo de Sousa, que não tem legitimidade para exercer o cargo pois foi eleito somente por 60,70 % (2.534.745 Eleitores) face à Abstenção que venceu as Presidenciais de 2021 conseguindo um resultado de 60,76 % ( 6.601.655 Eleitores).

  9. O comentário de Marcelo em relação a Passos não tem qualquer fundamento pelo que a sua desvalorização é a mais apropriada . Está na mente dos portugueses com essa governação baseada na maior austeridade de sempre como sendo a solução milagrosa para os problemas nada resolveu e foi mesmo um retrocesso para os portugueses.

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