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Marcelo cria nova equipa em Belém para controlar “bazuca” europeia

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ppdpsd / Flickr

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, criou uma equipa para manter uma vigilância apertada sobre a gestão do dinheiro que chega da “bazuca” europeia.

Marcelo Rebelo de Sousa criou uma nova equipa para a Área Estratégica e Prospetiva, em Belém, contando como principal conselheiro político o presidente do Conselho de Curadores da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), Bernardo Pires de Lima.

A recuperação do país no pós-pandemia e a gestão dos milhões que virão de Bruxelas estão no topo da agenda.

“O novo Quadro Comunitário de Apoio [QCA] e a execução do Plano de Recuperação e Resiliência [PRR] vão obrigar a um acompanhamento muito próximo“, explicou Marcelo Rebelo de Sousa ao Expresso.

A equipa escolhida pelo Presidente da República não vai ser necessariamente uma equipa para todo o mandato, tendo sido pensada para os próximos dois anos. Os seus integrantes têm como foco os novos temas da agenda europeia e internacional e os grandes eixos e desafios do PRR.

A Casa Civil, serviço de consulta, de análise, de informação e de apoio técnico ao Presidente, passará a funcionar agrupada por três grandes áreas: Desenvolvimento Institucional Sustentável, Desenvolvimento Humano e Social Sustentável e Desenvolvimento Económico Sustentável.

Além da luta contra a pandemia, Marcelo dá ainda prioridade à “luta contra a corrupção, à igualdade de oportunidades e não discriminação, à integração e inclusão sociais, ao investimento e empreendedorismo, à ciência e inovação, ao diálogo intergeracional, ao digital, ao clima e ao ambiente, aos recursos hídricos e marítimos e à economia verde”.

Com o objetivo de ultrapassar a paridade de género e traduzir “a diversidade da sociedade portuguesa de hoje”, a Casa Civil passa a contar com 62% de mulheres e 38% de homens. A idade média baixou de 51 para 46 anos.

Eis alguns dos novos nomes: Djaimilia Pereira de Almeida, escritora portuguesa de origem angolana; Patrícia Pereira, major da GNR; Maria José Policarpo, que integrou o gabinete do ex-ministro Luís Filipe Pereira quando este presidiu ao Conselho Económico e Social; Rita Saias, presidente do Conselho Nacional da Juventude; as ex-deputadas Inês Domingos (PSD) e Patrícia Fonseca (CDS); Amélia Paiva, embaixadora de Portugal em Moçambique; a astrobióloga Zita Martins; e a diretora do Programa Nacional contra o VIH e a Tuberculose, Isabel Aldir.

Por sua vez, mantêm-se na equipa da Casa Civil: Fernando Frutuoso de Melo, Isabel Alçada, Pedro Mexia, Maria João Ruela, Hélder Reis, Gonçalo Matias, Ricardo Camossa, Nuno Sampaio, Ricardo Branco, Duarte Vaz Pinto e Luís Carlos de Sousa Pereira.

Daniel Costa, ZAP //

34 Comments

  1. Espero que sinceramente que desta vez se faça gente!
    Porque me parece que anda mais controlado, do que efectivamente (diz) controla !

  2. O maior truque de magia é o dinheiro que vai desaparecer para pagamento de grupos de trabalho , avaliação e investigação (E a maior parte deles estará a trabalhar para ocultar provas em vez de as procurar).

  3. Boa medida. Vamos ver é se o grupo de trabalho resiste a tentação. Mas o facto de se ter que criar um grupo de supervisão que verdade seja dita pouco ou nada vai fazer, fiz muito acerca da confiança e seriedade que gozam estes senhores políticos.

  4. Estou plenamente de acordo com o Sr. MIguel. Comissões numa “equipa” de faz de conta e no fim ainda dizem que o dinheiro foi pouco para o que “pensavam” fazer.

  5. Uma coisa – legítima – é o Presidente criar uma equipa de conselheiros para o manterem informado do que se vai passar com os dinheiros europeus. Uma coisa muito diferente – e ilegítima – é o Presidente querer “manter uma vigilância apertada sobre a gestão do dinheiro que chega da “bazuca” europeia”. A vigilância às acções do governo é uma competência da AR, e não do Presidente. Cuidado com os abusos de poder…

  6. Desta vez não vão poder “usar” os fundos como querem…
    Acreditem a UE vai mandar e governar esses fundos com mão de ferro.
    O problema é que em vez de serem “mal gastos” pelo governo Português vão acabar por ser mal gastos pela UE (empresas alemãs, francesas, etc…) com a sua “agenda”.
    Depois no final iremos ter que “devolver” o dinheiro que não nos ajudou…
    Coitado do povo Português: ou comido pelo “abutres” da política Portuguesa ou pelos “solidários” da UE!

  7. Vou registar esta notícia para na hora da verdade não haver desculpas.Mas digo mais,não acredito pois vivo em Portugal o oásis das trafulhices.

  8. O plano do governo é gastar a maior fatia do dinheiro em despesa publica. Aquele tipo de despesa que não gera lucro nenhum, sabem? Depois quando acabar a “chupeta” o país está na miséria. A fórmula socialista é sempre a mesma!
    Há uma coisa que o povo português tem que se mentalizar, embora eu pense que isso é impossível, o estado tem 2 fontes de rendimento, impostos e fundos da UE a fundo perdido (bazuka). Ora, os impostos são recolhidos sobre os rendimentos das pessoas, empresas e transações. O estado não paga impostos, logo não gera receita. Só gera despesa. Se gastarmos a bazuka em despesa do estado, isso não vai aumentar em nada os impostos cobrados pelo estado. É dinheiro “perdido”. Não gera retorno.

    Para obter retorno do dinheiro que gasta, o estado tem que investir nas empresas de forma a que as empresas se desenvolvam, cresçam e assim o estado aumentar a receita por via de impostos (por aumento de valor não por aumento de % de imposto).

    Se o povo entendesse este principio, não eramos o país miserável, governado por gente miserável, que somos!

    • 1. O estado não tem de gerar lucros, o estado tem de gerir a coisa pública de forma a que os cidadãos vejam os seus direitos respeitados, seja o direito à livre iniciativa, o direito ao trabalho, o direito à segurança, o direito à educação, o direito aos cuidados de saúde. E para isso utiliza o dinheiro dos impostos, impostos que devem ser tanto maiores quanto maiores forem os rendimentos auferidos.

      2. Não compete ao estado investir nas empresas, isso compete aos acionistas. Quanto muito o estado deve proporcionar meios a taxas de juro bonificados aos projetos que melhor sirvam o bem comum.

      3. O estado deve facilitar a vida das empresas, mas o estado deve exigir às empresas que remunerem o factor trabalho pelos menos tão bem como remuneram o factor capital, o que significa partilhar equitativamente os ganhos de produtividade.

      Espero que isto não seja demasiado complicado para si…

    • Escolas e hospitais não dão lucro portanto, como é “despesa que não gera lucro”, o melhor e acabar com tudo!!
      É assim se percebe porque és miserável…

      • Escolas e hospitais dão (algum) lucro, portanto, como envolvem “despesas que geram (algum) lucro”, o melhor é não acabar com tudo!!
        É assim que se percebe porque és miserável…

    • Muito bem! Este dinheiro vai ser gerador de ilusão. Quando dermos pelo logro no trajeto, já estaremos a caminho do abismo, mais uma vez. Montantes tão elevados em mãos de socialistas, geram a exponencialidade do desgoverno.

  9. Querem ver que afinal agora isto vai mudar…Sinceramente 47 anos a roubarem o povo os piratas são os nesmos,so mudam alguns subordinados para as contas serem diferentes…ate agora foram os maridos e agora serão as esposas no fundo o guito vai para os mesmos…abre os olhos Tuga,corram com eles…

  10. Util seria o Sr. Presidente seguir o Tribunal de Contas e aproveirar a oportunidade para o transformar num orgão com competências juridicas para aplicar sanções aos políticos corruptos Isso sim, seria essencial para dar algum crédito aos governos e confiança aos portugueses. Estes, já sabem de gingeira o que vai acontecer ao dinheiro da bazuca, como o Sr Presidente da República deve saber melhor que ninguém. Mais uma comissão parece bem, mas as consequência não são nenhumas, uma vez que não tem qualquer poder para acusar seja quem for. A sua função é informar o Presidente, mais nada. É a mesma espécie do é e não é com que as sociedades de advogados fazem as leis. Está na alma do poder português e como se não altera nada será apenas um prego ferrugento no sistema

  11. Os jardins da minha terra dos Olivais são só pasto. O Presidente da Junta deve comprar duas cabritas. São melhores do que o corta-relvas. E, se não chegarem, chama-se o Cabrita do MAI.

    • O presidentezeco da Junta já foi à terra dos Olivais, meter lá mais pasto. O Cabrita cheirou os canteiros, cortou duas figueiras, e deixou lá as provas. Que grande palhaçada!

  12. À partida a medida parece ser mais que necessária, basta olharmos para trás para vermos como as coisas têm corrido durante estes anos de “democracia”, resta saber se o senhor Presidente desta vez deixa de andar a reboque e assume a sua autoridade com elevação, veremos também se quem irá fiscalizar o fará com rigor ou se pelo contrário, colaborará com os infratores. Já estamos tão escaldados que agora só ver para crer!

  13. Aposto que metade dos que aqui comentaram, dada a oportunidade, vão com o cântaro à fonte. Por isso é que o país anda assim… 🙂

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