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Marcelo prepara-se para não renovar o estado de emergência

António Cotrim / Lusa

Tendo em conta a evolução da pandemia de covid-19 em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa prepara-se para não renovar o estado de emergência.

Marcelo Rebelo de Sousa prepara-se para não renovar o estado de emergência. O Presidente da República já pré-reservou espaço para falar ao país na televisão, escreve o Observador. Falta apenas a validação dos especialistas do Infarmed, que se reúnem esta terça-feira.

A menos que a reunião do Infarmed descreva um cenário negro da evolução da pandemia — o que não é expectável —, o estado de emergência deverá terminar esta sexta-feira, dia 30 de abril.

O Governo irá, assim, recorrer do estado de calamidade para prosseguir o controlo da pandemia. Para a decisão contribuíram as zero mortes registadas esta segunda-feira.

Além disso, o Presidente da República dispensou as audiências mais formais com os partidos políticos com representação parlamentar, que são habituais antes da renovação do estado de emergência. Marcelo apenas agendou contactos telefónicos com os líderes partidários, sabe o Observador.

A esmagadora maioria dos partidos já tinha defendido há 15 dias que, se a situação continuasse a evoluir favoravelmente, o atual estado de emergência devia ser o último.

O debate e renovação do estado de emergência no Parlamento também está pré-agendado para quarta-feira na sessão plenária. No entanto, face às circunstâncias atuais, o debate e votação deverão ser cancelados.

Esta tarde, António Costa já tinha antecipado esta possibilidade, salientando o percurso positivo do desconfinamento até ao momento.

“Tenho esperança – e não o compromisso – de que vamos ter a confirmação que os dados aparentam indicar: que estamos num bom caminho e que, com segurança, podemos dar o passo que falta dar. No bom caminho para o passo que todos queremos dar, para a última fase do desconfinamento a conta-gotas”, disse o primeiro-ministro, que esteve hoje em Valença, na inauguração da Linha do Minho, que foi eletrificada e modernizada.

“Se relaxarmos podemos voltar a estar outra vez pior. Como diria a minha avó, ‘é preciso olhar para este vírus com muito respeitinho’. Este é um combate que tem de ser continuado. É uma luta contra o tempo porque temos de conseguir vacinar mais depressa que o vírus possa mudar”, ressalvou António Costa.

Daniel Costa, ZAP //

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