António Costa acredita que a reunião do Infarmed desta terça-feira vai confirmar o avanço de Portugal para a última fase de desconfinamento.
Antecipando a reunião desta terça-feira com Presidente da República, partidos, parceiros sociais e especialistas no Infarmed, António Costa disse ter “esperança” que Portugal avance para a última fase do desconfinamento.
“Tenho esperança – e não o compromisso – de que vamos ter a confirmação que os dados aparentam indicar: que estamos num bom caminho e que, com segurança, podemos dar o passo que falta dar. No bom caminho para o passo que todos queremos dar, para a última fase do desconfinamento a conta-gotas”, disse o primeiro-ministro, que esteve hoje em Valença, na inauguração da Linha do Minho, que foi eletrificada e modernizada.
António Costa e Pedro Nuno Santos foram recebidos por uma manifestação dos trabalhadores das Infraestruturas de Portugal, que exigiam uma reunião com o Governo.
Apesar da mensagem positiva, Costa alertou que o país não pode relaxar, arriscando que a situação epidemiológica piore novamente.
“Se relaxarmos podemos voltar a estar outra vez pior. Como diria a minha avó, ‘é preciso olhar para este vírus com muito respeitinho’. Este é um combate que tem de ser continuado. É uma luta contra o tempo porque temos de conseguir vacinar mais depressa que o vírus possa mudar”, disse o primeiro-ministro.
Sobre a vacinação, segundo o primeiro-ministro, o objetivo é ter, até ao final deste mês, todos os maiores de 70 anos vacinados e, até ao final de maio, todos os maiores de 60.
De visita à fábrica da farmacêutica espanhola Zendal, que espera iniciar a produção de vacinas até ao final do ano, António Costa frisa que se trata de um investimento “para próximas pandemias”.
“É muito importante que esta fábrica exista porque significa aumentar a capacidade na Península Ibérica e na Europa de se produzirem vacinas. Se há algo que esta pandemia demonstrou é que não obstante a vontade política e urgência da vacinação, o grande obstáculo está na capacidade de produção”, disse António Costa.