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“Marcelo está a reduzir os outros atores políticos quase a figurantes”, diz Sampaio da Nóvoa

sampaiodanovoa2016 / Facebook

António Sampaio da Nóvoa

Para Sampaio da Nóvoa, o balanço de dois anos da Presidência de Marcelo Rebelo de Sousa é positivo, apesar de apontar alguns riscos. Sobre uma segunda candidatura a Belém, o ex-reitor da Universidade de Lisboa diz “ponderar tudo”.

Sampaio da Nóvoa, professor e ex-reitor da Universidade de Lisboa, disputou as presidenciais de há dois anos com Marcelo Rebelo de Sousa, tendo sido o segundo mais votado – ainda que com uma margem de 30 pontos percentuais de diferença para o primeiro.

Passados dois anos, em entrevista à Renascença e ao Público esta quarta-feira, o ex-candidato faz uma avaliação positiva do mandato de Marcelo, embora aponte falhas e riscos ao atual Presidente da República.

Sobre o homem que o derrotou, Sampaio da Nóvoa diz que um dos riscos é o de reduzir o papel dos outros atores políticos quase a figurantes. “Muitas vezes temos a sensação que os outros atores políticos fazem quase o papel de figurantes. E julgo que isso não é bom para a democracia portuguesa”.

O segundo risco apontado pelo professor é que a palavra do atual Presidente da República “perca peso”, num momento em que a sua intervenção seja realmente determinante no espaço público ou político.

Ainda assim, Sampaio da Nóvoa reconhece que a Presidência está em boas mãos e que Marcelo Rebelo de Sousa “deu uma dimensão de respeito e compaixão“, nomeadamente no momento em que o país viveu as tragédias dos incêndios. “O primeiro ano foi muito positivo”, afirma, tendo o segundo ano sido “marcado pela proximidade”.

Candidatura em aberto

O ex-reitor recusou-se a antecipar o seu próprio futuro político, sublinhando que “do ponto de vista da minha intervenção pública ela será o que na altura adequada tiver de ser”.

No entanto, em resposta concreta à pergunta sobre o que pondera neste momento em matéria e candidaturas presidenciais, Sampaio da Nóvoa pondera tudo: “está tudo em aberto na minha vida”.

Estou aberto a todas as possibilidades, em todos os momentos, se entender que numa determinada fase isso é útil para o país”, diz o professor.

ZAP //

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