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Marcelo deve vetar lei que gerou polémica com Catarina Martins

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Tiago Petinga / Lusa

O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo Rebelo de Sousa deverá vetar a lei do direito de preferência sobre a propriedade, diploma que Catarina Martins garantiu estar em Belém quando a polémica com Ricardo Robles crescia – informação esta que a Presidência da República acabou por desmentir.

De acordo com o Diário de Notícias, que avança com a notícia nesta segunda-feira, os serviços jurídicos da Presidência da República dizem que o diploma é inconstitucional, por violação do princípio da propriedade. Por isso, o mais certo é que o diploma seja devolvido ao Parlamento.

No entanto, Belém diz que é ainda prematuro especular sobre a decisão do Presidente da República, quanto à lei da habitação.

O documento ainda não terá chegado à presidência, mas os serviços de Belém já o conhecem, por via da assessoria colocada no Parlamento, conta o DN.

É de salientar que o projeto de lei em causa foi aprovado em 18 de julho no plenário da Assembleia da República, com os votos a favor do PS, BE, PCP, PEV e PAN e os votos contra do PSD e CDS.

O direito constitucional “da propriedade privada” diz que “a todos é garantido o direito à propriedade privada e à sua transmissão em vida ou por morte, nos termos da Constituição”.

O diploma “altera o direito de preferência e que permite ao inquilino adquirir só a sua fração, e não o imóvel todo, quando há uma grande operação imobiliária, e que põe em causa grandes negócios”, segundo disse a líder do BE, Catarina Martins.

Esta lei assumiu especial controvérsia na semana passada, a propósito da polémica associada a Ricardo Robles. Catarina Martins disse que o diploma já se encontrava em Belém para ser promulgado e o Presidente da República desmentiu.

Na verdade, o projeto está no Parlamento, para redação final, devendo depois seguir para Belém, onde deve chegar nas próximas semanas.

Robles não resistiu à polémica em torno do prédio que adquiriu em Lisboa, e renunciou nesta segunda-feira aos cargos de vereador na Câmara de Lisboa e de membro da Comissão Coordenadora da Concelhia de Lisboa do Bloco de Esquerda.

ZAP //

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7 Comments

    • E desde quando é que no interior do país se coloca o problema de a falta de habitações disponíveis forçar as pessoas a sair da cidade/vila e ir morar para a periferia, com longos tempos de deslocação para o trabalho?

      • Qualquer aluguer de casas desse tipo, se pode dizer q diminuiu a oferta para aluguer tradicional e como tal aumenta os preços do aluguer tradicional. Se é na cidade ou na vila nao interessa, interessa o principio.

        • Caro Joaquim, no interior do país, quem dera aos que lá vivem que houvesse um grande aumento do turismo para dinamizar a economia local. E espaço não falta para construir mais, se necessário. Saia do seu mundinho e perceba que os problemas não são os mesmos em toda a parte, e que o que nuns locais há em excesso por vezes falta noutros.

          • Acha? Diga isso a quem trabalha numa pastelaria ou num restaurante, ou a fazer entregas no interior e que de repente por causa dos turistas as casas começam a aumentar de preço 20, 30 , 50 euros mes. Portanto a situacao é exactamente igual à de Lisboa simplesmente os partidos de esquerda sao demagogos, e a pessoa comum acredita e nao faz contas. Isso de “excesso” e “défice” sao termos completamente vagos, que nao querem dizer coisa alguma. Sempre ouvi todos os partidos dizerem que queriam combater a desertificacao do interior, n ha melhor medida para isso do q tornar as casas no litoral caras. Mas afinal é tudo conversa fiada

  1. afinal os destruidores da riquêsa mundial também querem ser ricos! Pobres diabos só conseguem ganhar alguma coisa á custa de vigarices.se não fosse a politica de que é viviam? vejam o que os politicos portugueses criaram de riquesa.só distroiem as obras feitas. ponham-nos a limpar florestas e outras coisas mais para ele/elas vergarem a mola.palavra da salvação.

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