Marcelo “condena veementemente violação do direito internacional”. Há 200 portugueses a viver na Ucrânia

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Mário Cruz / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou esta quinta-feira ao país sobre a situação na Ucrânia, salientando que está em causa uma “violação do direito internacional”.

Marcelo Rebelo de Sousa não tem dúvidas: a invasão da Ucrânia configura uma “violação ostensiva e flagrante do direito internacional” por parte da Rússia.

Marcelo condenou “veementemente a violação do direito internacional” feita pela Rússia e adiantou que “o Embaixador português foi o último a sair de Kiev”.

“Ficaram oficiais portugueses” para encaminhar os portugueses que “residiam ou se encontravam em território ucraniano”, informou o Presidente.

A mensagem foi transmitida esta quinta-feira à tarde, numa declaração ao país, após o Conselho Superior de Defesa Nacional dar parecer favorável, por unanimidade, a propostas do Governo para a eventual participação de meios militares portugueses em forças de prontidão da NATO.

Sobre a reunião de urgência, Marcelo disse que o que aconteceu foi “autorizar a projeção, nos termos das missões da NATO, em território da NATO, numa função de dissuasão e não de intervenção agressiva fora do território”.

A decisão “mostra um empenho e a solidariedade portuguesa” para com o povo ucraniano, sublinhou o chefe de Estado.

Antes de Marcelo, já o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, tinha condenado a “invasão militar” da Rússia a um Estado independente, lamentando as “dezenas e dezenas” de vidas já perdidas.

“Lamento com consternação pelas vidas que já foram perdidas”, disse Santos Silva.

Após uma reunião com o Presidente da República, a embaixadora ucraniana Inna Ohnivets referiu que existem cerca de 200 cidadãos portugueses a viver na Ucrânia, que “agora estão à espera de ir para Portugal”.

A embaixada portuguesa em Kiev está em contacto com a embaixada ucraniana em Portugal, informa a RTP.

ZAP //

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