O histórico socialista considerou, esta segunda-feira, que não há Governo de esquerda sem o PS e muito menos contra o PS e advertiu que o partido se orgulha da geringonça, mas não precisa de “professores de esquerda”.
Manuel Alegre defendeu estas posições no comício socialista de Coimbra, no Pavilhão dos Olivais, num discurso muito aplaudido, que levantou a assistência em alguns momentos, como nas referências ao falecido presidente honorário do PS, António Arnaut.
Numa intervenção com cerca de 20 minutos, o antigo candidato presidencial e dirigente histórico socialista manifestou total apoio à solução de esquerda, elogiou António Costa e até se demarcou do vice-presidente da bancada do PS Carlos Pereira, que classificou o Bloco de Esquerda e o PCP como “empecilhos”.
“Não há empecilhos à esquerda. Os empecilhos vieram sempre da direita”, contrapôs Manuel Alegre, antes de deixar uma série de críticas dirigidas sobretudo ao Bloco de Esquerda, embora sem mencionar esta força política.
Nesta fase da sua intervenção, Alegre começou por sustentar a tese de que, historicamente, “a força da direita esteve na divisão da esquerda”, deixando depois vários avisos: “Não há estabilidade sem um PS forte; não há diálogo nem convergência sem um PS forte; não há solução governativa sem o PS e muito menos contra o PS”.
“Mas mais, não há esquerda em Portugal sem o PS ou contra o PS. Fizemos a geringonça e não temos vergonha dela, temos mesmo muito orgulho no que foi feito nestes quatro anos. Não nos arrependemos, mas também não precisamos de professores de esquerda“, completou o escritor socialista.
“Foi um trabalho de todos, com todos, fruto de um diálogo que só o PS é capaz de promover e assegurar”, disse ainda o socialista, citado pelo Observador.
Sobre o ministro das Finanças, Alegre garante que “Centeno só há um e esse é o nosso”. “Eu sei que alguns não gostam, eu próprio às vezes também não gosto, mas não há política de esquerda sem rigor nas contas públicas“, acrescentou.
Lançando farpas à direita, mais concretamente a Rui Rio, o escritor aproveitou para dizer que o PS “não precisa de lições de moral de quem há alguns dias criticava a justiça de tabacaria e agora se arvora de justiceiro eleitoralista”.
ZAP // Lusa
Nem de “professores de esquerda”, nem de poetas!…
Alegre já passou o teu tempo o teu e de muitos políticos tanto da Esquerda como da Direita e do Centro deixem o ligar aos novos com outra visão sobre o País, é por isso que tiro o chapéu ao Laborinho Lúcio ao Adriano Moreira e até ao Mariano Gago que já não está entre nós, serviram o País e saíram pela Porta grande sem nada para lhes apontar, ao contrário de muitos que com rabos de palha não largam a politica, tenham vergonha na cara e afastem-se deixem trabalhar pessoas com outras visões sobre o nosso futuro