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“Ó malta!”, está aqui o áudio que revelou o que ia sair no exame de Português

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Dias antes do exame nacional de português, que se realizou esta segunda-feira, circulou na internet o áudio de uma aluna que revelou o que sairia no exame. Podia ser só uma brincadeira, mas a verdade é que saiu mesmo. A fuga “ terá partido da presidente de um sindicato de professores” e o Ministério Público vai investigar.

“Ó malta, eu falei com uma amiga minha cuja explicadora é presidente do sindicato de professores, que é uma comuna, e diz que ela precisa mesmo, mesmo, mesmo só de estudar Alberto Caeiro e contos e poesia do século XX.

Basicamente, ela sabe todos os anos o que é que sai e este ano inclusive. Pediu para ela treinar também uma composição sobre a importância da memória e outra sobre a importância dos vizinhos no combate à solidão. E pronto, basicamente é isto. Se isto não sair, eu não tenho nada a ver com isto, ok?

Segundo o Expresso, a situação foi denunciada ao Ministério da Educação por Miguel Bagorro, professor na Escola Secundária Luísa de Gusmão, em Lisboa, que teve conhecimento da gravação no sábado, através de um aluno a quem dava explicações de Português.

“Na altura não liguei, até porque todos os anos há boatos a circular sobre o que vai sair nos exames. Mas na segunda-feira, quando vi o que saiu na prova, fiquei estupefacto. O que foi dito na gravação foi exatamente o que saiu. Logo nesse dia, escrevi uma denúncia ao Ministério da Educação”, contou Miguel Bagorro.

Na denúncia que enviou ao Ministério da Educação e ao Júri Nacional de Exames, o professor refere que esta alegada fuga de informação “compromete seriamente a justiça do exame de Português” e defende que este “deveria pura e simplesmente ser repetido”.

ZAP //

7 Comments

  1. E, era logo uma “comuna” que iria fazer uma coisa tão estúpida como esta (possível suicídio profissional), deduz-se, a troco de dinheiro(?!)…
    (O que quereria tal possível explicadora? Uma gorjeta substancial? Ganhar fama, entre miúdos demasiado imaturos para guardar segredos, como alguém que avisa do que vai sair nas provas, até ser apanhada pela polícia?)
    Cá para mim, isto é mas é um qualquer tipo de operação por parte de agentes do sistema, com vista a demonizar/denegrir, uma vez mais, os comunistas… Que, nomeadamente, deve ter envolvido alguém cuja voz nunca será reconhecida por nenhum colega de secundário, pelos simples facto de que nem estudante do 12º ano deverá ser…

  2. Devia ser repetido o exame e aí, os professores que marquem greve outra vez para o dia dos exames.
    Alunos, pais dos alunos e M. E., que continuem à deriva até quando os professores quiserem!
    Esta sindicalista professora, é certamente uma, cujo horário quer ver reduzido e reforma para mais cedo, mas afinal está cheia de “pica” para dar aulas depois do horário de trabalho… E que explicação!

  3. Eu também sou da opinião de que se devia repetir o exame de Português. É certo que pode haver sempre fugas de informação e que uns quantos beneficiados tenham acesso a informação confidencial por via de pais ou pessoas conhecidas bem colocadas dentro da estrutura do Ministério da Educação. Mas este caso, por força das redes sociais, é um exemplo da massificação da fraude nos exames nacionais.

  4. O que deveria ser feito, para não criar mais pressão sobre os alunos que têm prazos para se candidatar ao ensino superior, era manter a nota que o aluno já trás da frequência dos três anos e quem quisesse repetir o exame, repetiria numa data exequível . Repetir pura e simplesmente o exame iria trazer muita confusão, muitos diriam que o outro exame era mais fácil e por conseguinte sentir-se-iam prejudicados sem terem nada a ver com a confusão. Manter a nota da frequência e exame só para quem quiser, é a minha opinião.

  5. Sempre houve fraudes! Os exames valem ouro e são uma mercadoria bem controlada pela máfia do Ministério. Só que desta vez foi parar à Internet e todos estão escandalizados. Na minha escola havia uma professora de matemática que passava os testes a uma explicadora lá da vila e no dia anterior ao teste a casa da explicadora estava sempre cheia.

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