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Bloco diz que “maiorias absolutas não são sinónimo de progresso”

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, defende o “aprofundamento do caminho” iniciado em 2015 para “mais direitos e investimento público”.

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda defendeu esta quinta-feira que o “aprofundamento do caminho” iniciado em 2015 para “mais direitos e investimento público” só será possível se o PS não tiver uma “maioria absoluta” nas legislativas de 6 de outubro.

“A escolha que se coloca agora é se queremos aprofundar o caminho iniciado [em 2015], com mais salvaguarda de direitos, mais investimentos nos serviços públicos e com a garantia que isso vai resultar em melhor economia”, defendeu Pedro Filipe Soares.

“Isso pode ser feito de vária formas”, disse, considerando que “a única forma que não salvaguarda isso é uma maioria absoluta do Partido Socialista porque maiorias absolutas não são sinónimo de progresso“.

Falando no “16º Liberdade”, acampamento organizado pela Coordenadora Nacional de Jovens do BE, onde participou num debate com o mote “BE: De onde vimos, para onde vamos”, Pedro Filipe Soares considerou que o termo ‘geringonça’ “está datado” e é hoje carregado pelo BE “com orgulho” e “já não com preconceito”, depois de ter usado da palavra perante algumas dezenas de jovens do BE na qualidade de orador.

“A gerigonça é um termo datado. Foi cunhado como insulto, acabou por ser acarinhado pelo país, o que mostra bem o sentimento que houve da melhoria das políticas que nós conseguimos com a solução governativa que foi alcançada em 2015 e, por isso, acaba por ser algo que agora carregamos com orgulho e não com preconceito”, afirmou, em declarações à Lusa.

Quanto à ambição política, não deixou margem para dúvidas: “é óbvio que queremos governar”, afirmou. “Temos um programa para o país e uma visão do mundo.”

O racismo, as alterações climáticas ou a pobreza no século XXI são alguns dos principais temas em debate no 16.º Liberdade, que decorre desde quarta-feira e até domingo em Martinchel, Abrantes, e que será encerrado pela coordenadora do BE, Catarina Martins.

ZAP // Lusa

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