Uma sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios e para o Correio da Manhã revela que a maioria dos portugueses não quer que as eleições autárquicas sejam adiadas.
Segundo a sondagem para o Jornal de Negócios e o Correio da Manhã, 62% dos inquiridos discorda da ideia de adiar as autárquicas, enquanto 28% concorda com essa possibilidade. 10% não respondem por desconhecimento ou falta de opinião.
As autárquicas ainda não têm data marcada, mas a lei determina que sejam realizadas entre 22 de setembro e 14 de outubro, tendo de ser marcadas três meses antes.
Há uns tempos, o PSD avançou com uma proposta que prevê o adiamento do período de setembro/outubro para novembro/dezembro por causa da pandemia da covid-19, mas a iniciativa não colhe apoio junto do PS e do BE.
Na mesma sondagem, e antecipando o duelo em Lisboa entre Fernando Medina e Carlos Moedas, mais de metade dos entrevistados (56%) acredita que o socialista vai voltar a ganhar as eleições na capital, enquanto apenas 17% dá favoritismo ao candidato apoiado pelo PSD e CDS. 27% não quis responder ou não escolheu nenhum dos dois.
A Intercampus perguntou ainda aos inquiridos se concordavam com a ilegalização do Chega, tal como foi pedido pela ex-candidata presidencial Ana Gomes à Procuradoria-Geral da República. Nesta questão, os portugueses mostram-se divididos: 47% concorda com a iniciativa, mas 41% tem uma opinião contrária.
Esta quarta-feira, a mesma sondagem da Intercampus revelou que o PS continua a liderar nas intenções de voto, apesar dos efeitos económico-sociais da crise pandémica.
O partido de André Ventura, por sua vez, registou a subida mais expressiva, passando de 7,3% para 9%, o que permite ultrapassar novamente o Bloco de Esquerda, que se mantém estável nos 8,3%, como terceira força política nacional.