Maioria dos portugueses não quer eleições se Orçamento for chumbado

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Hugo Delgado / Lusa

O primeiro-ministro, Luís Montenegro

Estabilidade é prioridade. Maioria prefere um novo Orçamento e quer que Montenegro dialogue com a oposição — tanto com o PS como com o Chega. Se o Governo da AD cair, a maioria culpa a oposição.

A maioria dos portugueses prefere evitar eleições antecipadas, mesmo que o Orçamento do Estado para 2025 seja rejeitado no Parlamento, de acordo com nova sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e Jornal de Negócios.

Os dados revelam que apenas 19,2% dos inquiridos apoiam a demissão do Governo e a realização de eleições caso o Orçamento do Estado seja chumbado.

Por outro lado, 59,6% preferem que seja apresentado um novo orçamento, enquanto 12,3% aceitam uma governação por duodécimos.

Dialoguem com a oposição

A esmagadora maioria dos inquiridos (84,4%) defende que o Executivo liderado por Luís Montenegro deve dialogar com a oposição.

Entre esses, 52,1% acreditam que as negociações devem incluir tanto o PS como o Chega, os dois maiores partidos da oposição.

Uma fatia significativa (39,1%) prefere que as negociações se limitem ao PS.

Se o Governo cair, a culpa é da oposição

Se o Orçamento for rejeitado e o Governo cair, a maioria dos portugueses culpa a oposição pela situação.

Entre os inquiridos, 27,6% responsabilizam todos os partidos da oposição, 13,5% apontam o PS como culpado e 13,6% responsabilizam o Chega.

Ainda assim, 29,2% dos inquiridos consideram que o próprio Governo também teria uma parcela de culpa.

Saúde, habitação e impostos são prioridade

Os portugueses identificam a saúde como a área que mais necessita de investimento, com 65,5% dos inquiridos a pedir mais fundos para este setor. Seguem-se a habitação (38,6%) e a redução de impostos (29,9%) como outras áreas prioritárias para a população.

ZAP //

2 Comments

  1. Sim, o PS atravessa uma grave crise, que culminou com a sua derrocada em maioria absoluta. O próprio secretário geral que vem de uma fuga do governo é a amostra visível dessa crise interna. Qualquer retaliação que pense fazer ao governo em funções, terá consequências ainda mais nefastas para o partido.

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