Maioria dos portugueses defende vacinação obrigatória (e aprova o Governo)

Fehim Demir / EPA

A maioria dos portugueses é a favor da obrigatoriedade da vacinação — e concorda com a vacinação urgente das crianças —, aprova o atual Governo, mas mostra-se mais pessimista em relação ao que o futuro reserva.

Uma ligeira maioria dos inquiridos (53%) defende que a vacina contra a covid-19 devia ser obrigatória, 40% discordam e 7% não expressaram a sua opinião, revela a sondagem da Aximage para TSFJNDN.

Quanto à vacinação de crianças dos 5 aos 11 anos, mais de metade dos inquiridos (61%) concorda, enquanto 36% concordam “totalmente”, 25% concordam “parcialmente”. Pelo contrário, 22% discordam e 12% não têm opinião formada.

Importante realçar que os inquiridos responderam quando já era conhecida a decisão da DGS relativamente à vacinação de crianças.

Em geral, os portugueses mostram-se confiantes na eficácia da vacina, com 61% a responderem que é grande (40%) ou muito grande (21%) — com destaque para os mais velhos (77%).

Por sua vez, o plano de vacinação recebe 80% de notas positivas dos inquiridos, mesmo que a task-force já não conte com Gouveia e Melo. Apenas 7% dos inquiridos revelam algum grau de insatisfação.

Com eleições à porta, Governo aprovado

As eleições legislativas de 30 de janeiro estão à espreita e o Governo de António Costa parece receber parecer positivo da maioria dos inquiridos no que toca à gestão da pandemia.

Se, em julho, apenas 42% dos portugueses aprovavam a gestão do Governo, agora 61% aprovam a sua atuação. Aliás, 16% deles consideram “muito boa” a gestão da pandemia, em comparação com os 7% registados em julho; enquanto 45% consideram que é “boa”, face aos 35% de julho.

Adicionalmente, 6% consideram que é “má” (eram 16%) e outros 4% avaliam como “muito má” (descendo dos 11%). Dos inquiridos, 27% responderam “assim-assim”.

Embora o Governo receba, em geral, nota positiva, uma maioria dos inquiridos gostaria de ver maiores restrições para conter a pandemia (47%). Dos inquiridos, 40% defendem que as medidas atuais são suficientes.

Os portugueses também se mostram mais pessimistas do que na última sondagem em julho. Nestes últimos cinco meses, a confiança de que o regresso à normalidade levaria no máximo um ano passou de 61% para 56%.

Em contrapartida, 38% dizem que vai ser preciso esperar dois ou mais anos e 18% que isso nunca vai acontecer.

A sondagem foi realizada pela Aximage para TSF, JN e DN. O trabalho de campo decorreu entre os dias 9 e 13 de dezembro, foram recolhidas 810 entrevistas entre maiores de 18 anos, residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade. A amostra de entrevista corresponde a um grau de confiança de 95%, com uma margem de erro de 3,44%.

ZAP //

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