Maioria absoluta do PS é “plausível”

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Paulo Novais / LUSA

O secretário-geral Pedro Nuno Santos à chegada para a reunião da Comissão Nacional do PS

Pedro Nuno admite que há portugueses zangados com os socialistas. Há quem nunca tenha votado no PS, mas preveja nova vitória.

A reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista é liderada (PS), pela primeira vez, por Pedro Nuno Santos.

No discurso de abertura, neste sábado, o novo secretário-geral do PS destacou duas palavras: “humildade” e “empatia”.

Voltou a elogiar (rapidamente) o trabalho de António Costa e dos Governos que liderou, mas avisou: há portugueses zangados com o PS.

Não está tudo bem. Temos de ter essa consciência. Temos portugueses que estão descontentes, que estão mesmo zangados, que a sua vida não ata nem desata, não sai da cepa torta”, cita o jornal Observador.

E, acrescentou, o PS não deve “apontar o dedo a quem está zangado” com o partido; são pessoas que se afastaram do PS e que se aproximaram de “partidos xenófobos”. Agora a missão do PS é recuperar essas pessoas, não culpá-las.

“Temos de explicar que alguns partidos que se apresentam de forma populista não têm solução, mas sempre com muito respeito por esses portugueses”, comentou o candidato a primeiro-ministro.

Nova direção

O líder socialista vai colocar na sua direção a ministra Mariana Vieira da Silva e o secretário de Estado António Mendonça Mendes, que fazem parte do núcleo político do primeiro-ministro, António Costa.

A lista para o Secretariado Nacional do PS, órgão de direção deste partido – e cuja proposta é da responsabilidade de Pedro Nuno Santos -, vai ser votada hoje, durante a primeira reunião da Comissão Nacional pós congresso, que se realiza em Coimbra.

De acordo com a lista a que a agência Lusa teve acesso, Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, e Francisco André, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação – dois elementos próximos de António Costa -, mantêm-se no Secretariado Nacional do PS.

O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro e líder da Federação de Setúbal do PS, António Mendonça Mendes, é uma das novidades da equipa de Pedro Nuno Santos neste órgão de direção dos socialistas.

Dos elementos mais próximos do atual líder do PS, tal como se esperava, estão no Secretariado Nacional Alexandra Leitão, Duarte Cordeiro, Francisco César, João Torres, a ministra Marina Gonçalves, Nuno Araújo e Pedro Delgado Alves.

O ex-secretário de Estado Marcos Perestrello regressa agora à direção dos socialistas, e continuam no Secretariado Nacional a deputada e constitucionalista Isabel Moreira e a autarca Isilda Gomes.

Estão ainda na equipa da direção de Pedro Nuno Santos a presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares e o ex-secretário de Estado João Paulo Rebelo.

Têm inerência neste órgão, entre outros, o líder parlamentar, Eurico Brilhante Dias, o secretário-geral da JS, Miguel Costa Matos, e a presidente do Departamento das Mulheres Socialistas, Elza Pais.

Maioria absoluta?

Seja qual for o partido vencedor, e os eventuais acordos depois das eleições de 10 de março, a maioria absoluta nunca tem sido apontada como desfecho dessas legislativas.

Mas Ricardo Araújo Pereira discorda. O comentador avisou na SIC Notícias: “Eu não ficaria surpreendido se Pedro Nuno Santos conseguisse concretizar o sonho de Francisco Sá Carneiro: ter um presidente, uma maioria (absoluta) e um Governo”.

“Se, em Março, Pedro Nuno Santos ganhar com maioria absoluta, eu não vou ficar de boca aberta. Não acho implausível“, continuou Ricardo Araújo Pereira, que nunca votou no PS mas que está curioso para ver a reacção do presidente Marcelo Rebelo de Sousa se o PS conseguir mesmo maioria absoluta (outra vez).

ZAP // Lusa

7 Comments

  1. “Voltou a elogiar o trabalho de António Costa e dos Governos que liderou, mas avisou: há portugueses zangados com o PS” Este incompetente sabe muito bem que os portugueses pioraram enormemente nestes oito anos. Foram governos desastrosos. Ainda tem a lata de o admitir, este artolas esgazeado. Isto é mais uma tentativa ilusionista , tão própria do PS.

  2. Devem ganhar partidos que nunca tenham estado no governo., porque os que já estiveram, estão carregados de vícios e compadrios. Tēm tempo para tudo, menos para governar. Quem tem medo de mudar, vai ficar mal… e prejudica os que querem um país melhor.

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