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A “mãe-modelo” dos nazis afinal era judia

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Deutsches Bundesarchiv / Wikimedia

Magda e Joseph Goebbels com os filhos

Magda e Joseph Goebbels com os filhos

Um documento encontrado por um historiador revela que o pai biológico da “mãe-modelo do Terceiro Reich” era um comerciante judeu que morreu no campo de concentração de Buchenwald.

Depois de se ter descoberto que o “Bebé Ariano Ideal” afinal era judeu, também a mãe ideal dos nazis se veio a revelar de ascendência inconveniente.

Magda Goebbels, a mulher do ministro da propaganda do regime nazi, Joseph Goebbels, foi sempre reconhecida como a “mãe-modelo do Terceiro Reich”, mas afinal era judia.

Segundo o El País, a descoberta foi feita pelo historiador Oliver Hilmes nos arquivos de Berlim através de um cartão de registo.

Há muito que a imprensa alemã suspeita que, durante toda a sua existência, Magda tinha escondido um segredo que a teria condenado à morte.

A revista Der Spiegel, por exemplo, sempre alimentou esses rumores, especialmente quando, há 15 anos, publicou um artigo no qual sugeria que nas veias da “mãe-modelo” corria sangue judeu.

De acordo com o jornal, o documento encontrado revela que o seu pai biológico, Richard Friedländer, era um comerciante judeu que acabou por morrer no campo de concentração de Buchenwald.

Nascida a 11 de novembro de 1901, Magda foi registada como Johanna Maria Magdalena e sempre adotou o apelido de solteira da mãe: Behrendt.

Foi essa circunstância que não terá chamado a atenção, escreve o diário espanhol, mas que agora é referida na nova biografia publicada pelo jornal alemão Bild.

Antes de Goebbels, Magda esteve casada com Herbert Quandt, um dos industriais mais poderosos da Alemanha e cuja família enriqueceu precisamente quando Hitler chegou ao poder.

Juntos tiveram um filho, Harald, mas viriam depois a separar-se, tendo Magda casado posteriormente com Goebbels em janeiro de 1932.

Tal como recorda o El País, o próprio Joseph Goebbels escreveu nos seus diários, em 1934, que a esposa tinha descoberto algo “horrível” relacionado com a sua biografia.

O casal perfeito do regime nazi viria a morrer a 30 de abril de 1945, dia em que Magda envenenou os seis filhos e depois se suicidou com o marido no bunker que tinham em Berlim.

ZAP

1 Comment

  1. De toda a dedicação desta esposa até mesmo depois de ter descoberto “algo “horrível” relacionado com a sua biografia” e a morte que escolheu para si e o assassinio dos filhos pode concluir-se que a “mãe-modelo do Terceiro Reich” era uma verdadeira NAZI, logo se pode deduzir que ser judeu não quer dizer não ser NAZI. E os terroristas são os palestinianos.

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