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Maduro pede a empresários que respeitem lei e evitem exemplo de Cristiano Ronaldo

chavezcandanga / Flickr

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro

O Presidente da Venezuela pediu aos empresários do país que respeitem as leis fiscais para evitarem cometer crimes, dando como exemplo o processo seguido pelo fisco espanhol contra o futebolista português Cristiano Ronaldo.

“Cristiano Ronaldo saiu de Espanha porque foi perseguido por causa da diferença entre os impostos que pagou e os impostos que tinha de declarar, até o iam meter na prisão”, disse Nicolás Maduro, dirigindo-se aos empresários do país sobre a nova reforma tributária.

“O que é peço é que trabalhemos para a Venezuela, que produzamos mais arroz, mais carne, mais leite, mais sapatos e que respeitemos a lei“, apelou Maduro citado pelo Manchikoni, observando que a Europa e os Estados Unidos punem a evasão fiscal.

Antes de deixar Espanha, para ingressar no clube italiano Juventus, Ronaldo acordou com as autoridades fiscais espanholas o pagamento de 18,8 milhões.

Ronaldo estava acusado de ter, de forma “consciente”, criado empresas na Irlanda e nas Ilhas Virgens britânicas, para defraudar o fisco espanhol em 14.768.897 euros, cometendo quatro delitos contra os cofres do Estado espanhol, entre 2011 e 2014.

Nicolás Maduro deu também o exemplo do argentino Lionel Messi, futebolista do Barcelona, e o brasileiro Neymar, que joga pelo PSG, lembrando que também foram alvo de investigação por parte do fisco espanhol.

A Venezuela sofre uma grave crise económica com hiperinflação e escassez, o que forçou Maduro a lançar um pacote de medidas que incluem uma reforma tributária direcionada a empresas e cidadãos “mais ricos”, segundo a autoridade fiscal do país.

No passado dia 20 de agosto, maduro lançou um programa para dar resposta à grave crise económica. Entre as medidas, Nicolás Maduro anunciou que a Venezuela passaria a ter duas moedas, aumentou o salário mínimo 35 vezes e encorajou as famílias a comprar ouro como forma de poupança.

O líder socialista acusa os empresários de fazerem parte de uma “guerra económica” promovida pelo governo dos Estados Unidos com o objetivo de derrubá-lo.

ZAP // Lusa

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