O PSD Madeira vai a eleições a 22 de setembro e quer lutar para a maioria absoluta. Também o PS se diz pronto para ganhar, afirmando ser a única alternativa democrática na região.
O secretário-geral do PSD-Madeira, José Prada, afirmou nesta segunda-feira que o partido entra em todas as eleições para ganhar “sempre com maioria absoluta” e é com esta intenção que avança para as eleições regionais de 22 de setembro.
“Temos a certeza de que esta lista é a melhor para representar e defender os madeirenses e porto-santenses no parlamento regional”, disse José Padra, após a entrega da candidatura social-democrata no Tribunal da Comarca da Madeira, no Funchal.
O secretário-geral do PSD considera que a lista encabeçada por Miguel Albuquerque, candidato a um segundo mandato na presidência do governo regional, representa “todos os madeirenses e porto-santenses”.
“É uma lista que engloba e mobiliza os 11 concelhos da Região Autónoma da Madeira e é uma lista renovada”, declarou, explicando que, dos 47 elementos efetivos (número total de deputados no Parlamento), 32 são novos, e, dos 24 que garantem a maioria absoluta, nove são estreantes e um terço mulheres.
“É com estes homens e com estas mulheres que iremos apelar à população, ao povo madeirense, que vote no PSD para ganharmos as eleições de 22 de setembro”, disse, sublinhando que o partido “entra em todas as eleições para ganhar e é sempre com maioria absoluta”.
O secretário-geral do partido, que é também candidato a deputado, considerou, por outro lado, que a possibilidade de o PSD se coligar para formar governo é um “não-assunto”. “O PSD entra nesta campanha, entra nestas eleições, para ganhar e com maioria absoluta”, vincou.
PS pronto para ganhar
Do lado dos socialistas, o cabeça de lista, Paulo Cafôfo, afirmou que está “preparado” para ser presidente do Governo Regional e manifestou-se pouco preocupado com “coligações e arranjos eleitorais”.
“O Partido Socialista é o único que está em condições de assegurar a alternativa democrática nesta região – e os madeirenses querem mudar – e essa mudança só é possível com o PS”, disse, após a entrega das listas de candidatos às eleições.
Paulo Cafôfo sublinhou que a grande preocupação da candidatura foi, desde a primeira hora, analisar os problemas do arquipélago e definir as soluções. “Estou preparado para ser presidente do governo, o PS está preparado para ganhar as eleições e não estamos aqui preocupados com coligações”, disse.
O cabeça de lista socialista, que é independente, lembrou, no entanto, que as coligações não lhe são estranhas, pois governou desse modo a Câmara Municipal do Funchal entre 2013 e 2019, primeiro à frente da Mudança (PS/BE/MPT/PTP/PAN/PDN) e depois da Confiança (PS/BE/JPP/PDR/Nós, Cidadãos!).
“Tenho experiência a esse nível, porque também sou uma pessoa de diálogo, que gosta de estabelecer pontes, de convergências e de pôr o interesse da Madeira à frente de qualquer outro interesse”, reforçou.
Paulo Cafôfo disse, por outro lado, que a candidatura do PS dá “garantias de qualidade” e demonstra “abertura à sociedade civil”, considerando que integra vários independentes, jovens, representantes dos 11 concelhos da região autónoma e também nove mulheres nos primeiros 24 lugares, o número mínimo de deputados para a maioria absoluta.
“São inúmeros os problemas que temos de resolver”, salientou, dizendo que, em 22 de setembro, está em causa uma opção entre a continuidade do PSD e a mudança para o PS.
“É uma opção pela continuidade, dos mais dos mesmos, aqueles que não resolveram nos últimos quatro anos, para não dizer nos últimos 40 anos, os problemas da região e uma lista inovadora, positiva, com uma estratégia para a região, com soluções concretas”.
Tal como recorda o semanário Expresso, a Madeira vai a eleições a 22 de setembro e, pela primeira vez em 43 anos, há incerteza quanto ao resultado.
ZAP // Lusa