Luís Marques Mendes revelou na noite de domingo, no seu habitual espaço de comentário na SIC, que a vacina da Astrazeneca só será administrada a menores de 65 anos e que o confinamento durará até meados de março.
No domingo, chegaram a Portugal as vacinas da Astrazeneza, mas continua sem ter sido dito publicamente a quem serão aplicadas. Segundo Marques Mendes, “as autoridades portuguesas preparam-se para dar uma orientação prática no sentido em que, enquanto não houver mais testes, estudos, elementos, esta vacina vai ser aplicada prioritariamente a pessoas abaixo dos 65 anos”.
Em relação às prioridades no processo de vacinação, Marques Mendes frisou que estas devem ser “claras” e sem dar azo a “buracos na interpretação” e defendeu que “o discurso político tem de ser de mão pesada, para pôr ordem na casa, quando estamos a falar de fraudes e de chico-espertismo”.
“Hoje, o plano de vacinação aos olhos de muita gente está descredibilizado, por causa dos abusos, e isto é mau. Este processo não pode ser politizado, e muito menos partidarizado”, sublinhou.
Relativamente à saída de Francisco Ramos da task-force do plano de vacinação, Marques Mendes considera que saiu “com dignidade” e que foi uma escolha positiva ter ido buscar como seu sucessor “um almirante conceituado”.
O comentador disse ainda que não vai tomar a vacina a que tem direito como conselheiro de Estado e que vai esperar pelo momento da sua faixa etária, como “qualquer cidadão”.
Para Marques Mendes, no “seu critério” de vacinação prioritária não cabe o Conselho de Estado por ser “um órgão consultivo e decisório”, lembrando que apenas reúne de “três em três meses”.
Em relação ao confinamento, o ex-líder do PSD considerou que as medidas decretadas pelo Governo para controlar a disseminação da pandemia já começam a ter resultados nos números diários divulgados. Porém, a situação está pior “dentro dos hospitais do que fora”.
“A situação é especialmente grave nos hospitais”, refere, acrescentando que o país ainda não atingiu o pico no número de internamentos e que, nas próximas duas semanas, deveremos assistir a uma subida exponencial.
“As duas próximas semanas vão ser de enorme pressão sobre o SNS. É preciso não esquecer que 90% dos internados em UCI são doentes Covid e um em cada três dos internados em geral também”, alertou.
Tendo isto em conta, Marques Mendes considera que o país deverá ficar em confinamento, pelo menos, durante mais dois estados de emergência. “Pelo menos até meio de março”, estimou. “Se não for mesmo fim de março. Não podemos voltar a ter recaídas”.
O comentador referiu ainda que a pandemia vai ter um “impacto grande” na estratégia do Governo, que irá chegar a 2023 “muito desgastado e dividido”. Segundo Marques Mendes, a presidência portuguesa fica “assombrada” pelos casos, a economia pode recuperar para níveis pré-crise só em 2023 e Costa vai chegar às autárquicas em “desgaste” e “sequelas sérias”.
Para Marques Mendes, a próxima remodelação no Governo vai ser difícil porque será difícil convencer “figuras de prestígio” a irem para o Governo “num tempo de desgaste, de crise e de fim de ciclo”.
CDS: “Ganharam os dois”
Questionado sobre a crise no CDS, Marques Mendes considera que este foi um dos momentos em que “ganham os dois protagonistas: o líder do CDS e o seu desafiador”.
O antigo líder do PSD destaca que Francisco Rodrigues dos Santos “fez exatamente o que Rui Rio fez há dois anos quando foi desafiado por Luís Montenegro” e que “internamente ficou relegitimado”.
Por outro lado, o comentador diz que “Adolfo Mesquita Nunes também ganhou”, isto porque “teve um resultado acima das expetativas” e “ganhou autoridade” ao ter a “coragem” de enfrentar a atual liderança. Esta situação deixa Mesquita Nunes “em excelentes condições para disputar a liderança no Congresso do CDS daqui a um ano, se o desejar”.
Para o antigo líder do PSD, o Conselho Nacional foi sobre “ajustes de contas pessoais” e com “poucas mensagens para o país”.
Sobre a TAP, Marques Mendes disse: “Tenho de saudar este acordo, pela primeira vez os sindicatos aceitaram uma redução de salários“.
Nunca percebi como ainda há gente a ouvir e ver Políticos Profissionais que a única coisa que fazem é ler a Cartilha, se é isto que nos prometiam com a Liberdade de informação, com a comunicação social privada, fomos todos enganados, tínhamos televisão a defender o Estado/os Portugueses, hoje temos televisão a atacar o Estado/portugueses e a defender interesses de Grupos, tínhamos Futebol hoje pagámos para ter, tínhamos Variedades hoje nem a Pagar, temos ligue para o 700qualquer coisa
Astrazeneca… A vacina que ninguém quer.
O que interessa é dizer-se que se vacinou.