Sem aspas e sem citar a fonte original. Pedro Sánchez reproduziu, no seu livro de 2013, parágrafos de cinco das sete páginas de uma conferência de um diplomata espanhol.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o economista Carlos Ocaña copiaram no livro A Nova Diplomacia da Economia Espanhola parágrafos de uma conferência que o diplomata Manuel Cacho fez na Universidade Camilo José Cela, avança o El País.
Segundo a edição digital do diário, “a Moncloa [sede da presidência do Governo espanhol] assegurou tratar-se de um erro involuntário“, embora o jornal diga que Pedro Sánchez e Ocaña “reproduzem no seu livro de 2013, sem aspas nem citar a fonte original, parágrafos de cinco das sete páginas de uma conferência que o diplomata espanhol Manuel Cacho fez num simpósio na Universidade Camilo José Cela (UCJC) em 25 de fevereiro de 2013”.
O El País refere ainda que Pedro Sánchez organizou o evento no qual interveio o diplomata e foi “o moderador de uma das mesas redondas”.
Já o economista Carlos Ocaña, coautor do livro, “não quis fazer declarações” ao matutino. Num comunicado enviado à EFE, em 13 de setembro, Ocaña, negou “qualquer autoria, total ou parcial, da tese de doutoramento de Pedro Sánchez” e explicou que, depois de este a ter terminado, “colaborou com ele na publicação do livro que se baseia na tese”.
No dia seguinte, o Governo espanhol assegurou que a tese de doutoramento do primeiro-ministro espanhol passou nas análises anti-plágio feitas em dois portais especializados na deteção deste tipo de anomalias.
O executivo de Madrid publicou os resultados de dois programas que assegura estarem entre os mais reconhecidos para detetar a possibilidade de plágio de um texto tanto a nível nacional como internacional: o Turnitin, utilizado na Universidade de Oxford e o PlagScan, que é uma referência na Europa.
Antes, Pedro Sánchez negara veementemente ter plagiado a sua tese de doutoramento, garantindo que eram “rotundamente falsas” as dúvidas lançadas pelo líder político de um partido da oposição que depois foram desenvolvidas pela imprensa.
ZAP // Lusa
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