Revolução na bancada parlamentar do PSD (dois históricos ficam fora)

António Pedro Santos / Lusa

Luís Montenegro e Joaquim Miranda Sarmento (PSD)

Apenas cerca dos 20 deputados atuais voltam a ser candidatos elegíveis em Março. Duarte Pacheco não faz parte da lista da AD.

Já se conhece a lista completa dos candidatos da Aliança Democrática (AD) para as eleições legislativas do dia 10 de Março.

O conselho nacional do PSD aprovou nesta segunda-feira os nomes dos próximos candidatos.

Dos atuais 76 deputados sociais-democratas, apenas cerca de 20 estão em lugares elegíveis, tendo como referência os resultados das legislativas de 2022.

Ainda há mais 10 deputados atuais, que voltam a ser candidatos à Assembleia da República, mas dificilmente serão eleitos, ou estão como suplentes.

Ficaram fora das listas 44 dos atuais 76 deputados do PSD (cerca de 57%, mais de metade sai).

Dos 22 cabeças de lista em 2022, só ficam dois: Sónia Ramos, em Évora, e Paulo Moniz, nos Açores.

Há dois históricos que deixam o Parlamento: Duarte Pacheco, que nos habituamos a ver mesmo na mesa da Assembleia e que já era deputado há 33 anos; e Fernando Negrão, deputado há 22 anos e habitual presidente de comissão parlamentar, por exemplo.

Quem volta

O presidente do PSD, Luís Montenegro, não vai concorrer por Aveiro pela primeira vez. Lidera a lista do círculo eleitoral de Lisboa.

Mantém-se nas listas o líder parlamentar Joaquim Miranda Sarmento, além de outros nomes como Hugo Carneiro, Clara Marques Mendes, Alexandre Poço ou Miguel Santos.

Tal como já se previa, há mais de 10 deputados afastados por Rui Rio que agora estão de volta. Destaca-se o secretário geral do partido Hugo Soares, além de Emídio Guerreiro, Pedro Alves, Inês Domingos ou António Leitão Amaro, entre outros.

Também há espaço para presidentes de Câmara que podem deixar esse cargo autárquico por estarem quase em final de mandato. Três deles no círculo eleitoral de Aveiro: Emídio Sousa (Santa Maria da Feira), Salvador Malheiro (Ovar), que foi vice-presidente nos tempos de Rui Rio, e Silvério Regalado (Vagos).

Dois dos cabeças de lista são independentes: no Porto está Miguel Guimarães, ex-bastonário da Ordem dos Médicos; em Coimbra fica Rita Alarcão Júdice, jurista.

Paulo Rangel fica de fora. Rangel é um dos quatro vice-presidentes do líder Luís Montenegro que não entram na lista; os outros são Margarida Balseiro Lopes, Paulo Cunha e Inês Ramalho.

A lista aprovada nesta segunda-feira tem 34 deputados do CDS-PP e um do PPM. Nuno Melo (Porto) e Paulo Núncio (Lisboa) deverão ser os únicos com lugar “garantido” no Parlamento.

ZAP // Lusa

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