Um dos objetivos da Câmara Municipal de Lisboa para o ano em que a cidade será a Capital Verde Europeia é banir os copos de plástico até 2020.
Segundo o Diário de Notícias, esta é uma das iniciativas promovidas pela Câmara Municipal de Lisboa e apresentada pelo vereador responsável pelo Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia da autarquia na exposição Eco-Visionários: Arte, Arquitetura após o Antropoceno.
No final do mês de junho, em Nijmegen, na Holanda, Lisboa foi escolhida para ser Capital Verde Europeia e, por isso, os responsáveis pela câmara querem mostrar que é possível alterar hábitos e transformar a cidade numa urbe sustentável.
José Sá Fernandes explica que Lisboa vai ter três cores – amarelo, verde e azul – e que cada uma delas representa um ponto de sustentabilidade: a energia solar (amarelo), os jardins e a biodiversidade (verde) e a reutilização da água e a reciclagem (azul).
“Uma das promessas foi que em Lisboa queremos aproveitar o sol e, assim, trocar o combustível fóssil pela energia solar. Vamos produzir energia para abastecer veículos elétricos”, explicou o vereador, citado pelo jornal, lembrando que entre os novos 200 autocarros da Carris até 2020, cerca de 20 vão usar este tipo de energia, e a maioria dos restantes será movido a gás natural. Algumas das carreiras também serão substituídas pelo elétrico.
Além disso, a Câmara está a falar com o Metro para conseguir “introduzir energia solar diretamente na sua rede” e aposta em iniciativas como os 90km de ciclovias e os 60km ainda em fase de projeto ou construção, o projeto Giras, que já tem dez mil passes mensais vendidos, e a mobilidade partilhada de bicicletas, motos e veículos elétricos.
Relativamente aos jardins e à biodiversidade, a intenção é construir mais 200 hectares de espaços verdes até 2020 e apostar em bacias de retenção de água e em zonas silenciosas. “Lisboa vai mostrar que podemos ter mais biodiversidade com menos água e urbanizações com mais verde“, frisou ainda o vereador.
Quanto à cor azul, a autarquia apresentou os projetos de reutilização de água para lavar as ruas e regar os jardins. Já existem algumas experiências nesse sentido mas o objetivo é que, em 2030, 25% da água utilizada provenha dessa origem, escreve o jornal.
É no setor da higiene urbana que entra a proibição dos copos de plástico nos estabelecimentos comerciais da cidade até 2020. A autarquia já está a contactar os comerciantes e as marcas de bebidas, assim como o Ministério do Ambiente.
Outra das iniciativas será a distribuição de blocos de compostagem doméstica, a tentativa de aproveitar os óleos e as latas deitadas fora para serem valorizados e premiar quem opte pela reciclagem como, por exemplo, os comerciantes, que poderão ter uma redução de algumas taxas se o fizerem.
De acordo com o DN, esta é também uma forma de diminuir o plástico recolhido na capital: só em 2017 foram recicladas 11.338 toneladas de plástico.
Porque não já em 2019?