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Linha de Fundo: Legião em festa

Crónica ZAP - Linha de Fundo por Teófilo Fernando

A festa minhota em Coimbra. O balanço da Liga. O Vizela de primeira. Os 26 para o Euro. Ainda as frases e os números da semana. Visto da Linha de Fundo.

A grande conquista dos Gverreiros

  • SC Braga (Lucas Piazón 45′, Ricardo Horta 85′) 2 – 0 SL Benfica

O SC Braga conquistou este domingo a sua terceira Taça de Portugal, ao derrotar o SL Benfica por 2-0, num jogo disputado no Estádio Cidade de Coimbra.

Uma vitória justa da equipa com mais argumentos e audácia. Minhotos mais coesos e bem organizados.

Contrariando a baixa de forma nos últimos jogos da Liga, a formação treinada por Carlos Carvalhal voltou a apresentar os argumentos que em boa parte da temporada, fizeram dos “guerreiros” uma das equipas com a mais atrativa ideia de jogo.

As águias terminam a época a voar baixinho, apresentando saldo zero, depois de um investimento histórico: 105 milhões de euros não tiveram consequências no proveito desportivo. Pesando o investimento, fica a ideia de uma das mais pobres temporadas desportivas dos encarnados. A contestação é visível, as criticas aumentam, merecendo séria reflexão.

O Benfica ficou reduzido a dez jogadores muito cedo, momento marcante no jogo, depois de Helton Leite ter visto um cartão vermelho direto por ter derrubado Abel Ruiz fora da área. Falta a existir, talvez com demasiado rigor na cor do cartão.

Já nos descontos da primeira parte, após uma bola em profundidade para Abel Ruiz, Jan Vertonghen fez um corte e a bola ficou disponível para Lucas Piazón, que viu Vlachodimos muito adiantado, conseguindo fazer um chapéu primoroso. Execução perfeita do brasileiro a aproveitar o erro de Vlachodimos.

Claramente superior na primeira parte, o SC Braga regressou dos balneários para arrasar.
André Castro, Luis Piazón, e Abel Ruiz, em dez minutos desperdiçaram oportunidades para ampliar e cedo resolver a questão. Valeu nesta fase o guarda-redes Vlachodimos, redimindo-se do disparate que causou o primeiro golo do jogo.

Sem capacidade para contrariar o adversário, Jorge Jesus tentou abanar a partida.
Entraram de uma assentada Darwin, Rafa e Nuno Tavares por Seferovic, Everton e Diogo Gonçalves. Por duas vezes, com Rafa e Darwin, aproximações à baliza de Matheus Magalhães, situações que não passaram de uma falsa realidade. Viram-se melhorias no jogo ofensivo das águias, sendo que o SC Braga mantinha o rigor defensivo apurado, mantendo a baliza adversária como rumo constante a seguir.

A cinco minutos dos 90, Ricardo Esgaio recuperou uma bola na direita para Abel Ruiz assistir Ricardo Horta, que rematou com êxito, ampliando a vantagem do SC Braga.
O SC Braga coloca, como desejava, a cereja no topo do bolo. Um triunfo categórico, assente num futebol vistoso e demolidor.

Para o SL Benfica a época termina da pior forma. 2020/2021 é para esquecer… ou para deixar margem para muito refletir, após uma aposta totalmente falhada.

Frases da Semana

“Fomos uns justos vencedores desta Taça de Portugal. Estou orgulhoso e contente ao mesmo tempo porque sou de Braga. Cresci no Bairro da Misericórdia que fica mesmo pertinho do novo estádio. Foi ali que fiz a minha adolescência. A minha família é toda bracarense. A minha família é toda bracarense, os meus amigos também. É aquele troféu que não tenho um sentimento que se vá comparar a isto. Logo quando o árbitro apitou para começar o jogo senti a equipa focada e agressiva no bom sentido senti que era o nosso dia. Tinha de ser até porque estamos no ano do centenário, portanto o troféu é para o Sp. Braga e para os adeptos que não podem estar aqui presentes. É tudo para eles.” Carlos Carvalhal, treinador do SL Braga.

“É um orgulho enorme. O grupo está de parabéns pela excelente entrega de hoje de durante a época. Conseguimos colocar a cereja no topo do bolo, conseguimos a vitória e levar a taça para Braga. É fantástico trabalhar com este grupo.” Ricardo Esgaio, jogador do SC Braga.

“Eu, nem ninguém do Benfica, queria terminar a época assim. Era a possibilidade de discutir um título. Não conseguimos discutir tanto o título como éramos capazes. O lance do Helton, aos 15 minutos, é um lance em que o árbitro podia não ter analisado muito bem, mas há VAR. Como eu já vi o lance em vários ângulos, ele não toca no Abel Ruiz. O árbitro podia não ver, agora o VAR tinha obrigação de ver. Não há ali nada, não toca no pé dele. Nada. Mais ainda, a bola está a sair da zona que eles consideram o funil. Tenho mais um ano de contrato, já estávamos a preparar a época antes da final e vamos preparar. Saí do Benfica a ganhar, saí do Flamengo a ganhar, não estou habituado a sair dos clubes a perder.” Jorge Jesus, treinador do SL Benfica.

“Antes demais, quero dar os parabéns ao Sp. Braga pela conquista da Taça de Portugal. Segundo, tudo o que possa falar aqui, não vai ser a meu favor, nem do Benfica, mas acho que toda a gente viu o que se passou. Um árbitro que acaba por estragar um jogo aos 18 minutos, numa final que ia ser bem disputada. Uma final com 22 excelentes intervenientes em que, infelizmente, três pessoas, que respeitamos, mas que erraram, incluindo o VAR. Pelo menos é a perceção que tenho dentro do campo, acabam por estragar uma final da Taça de Portugal que podia ser bonita e acaba da pior maneira, com um triste espetáculo no final que foi a confusão. Um episódio triste que retrata aquilo que é o futebol português e o momento que estamos a atravessar que, sinceramente é uma vergonha.” Pizzi, jogador do SL Benfica.

“É um sonho. Criou-se aqui um conto de fadas. Tenho pena do meu pai não estar aqui, gostava muito que ele assistisse a este momento. Fizemos algo extraordinário. Uma equipa que veio do Campeonato de Portugal, consegue ter o melhor ataque, o melhor marcador e o rei das assistências. Isto deve-se a muita gente, a este grande grupo, à equipa técnica que foi extraordinária no apoio, e a uma cidade que se uniu à equipa. Conseguimos acreditar que era possível e fomos até ao final a pensar que éramos capazes.” Álvaro Pacheco, treinador do FC Vizela.

“Esta convocatória não foi fácil de fazer, mas tem a ver com a gestão. Sou apologista de serem convocados 23, porque todos podem estar no banco e isso é muito importante. Pela primeira vez, num contexto diferente, são 26. E a gestão é diferente. Vou ter de deixar três jogadores de fora sempre, não vai ser fácil gerir.” Fernando Santos, selecionador do Portugal.

“Somos campeões europeus, é um orgulho para todos. O apoio dos portugueses é fundamental e esse apoio, aliado ao valor da equipa, leva-me a ter o mesmo compromisso que tivemos em 2016. Quando ninguém esperava, assumimo-nos como candidatos ao título. Vamos lá para isso e tenho uma grande confiança nos jogadores. Parto com a mesma convicção de que somos candidatos a conquistar esta prova.” Fernando Santos, selecionador de Portugal.

“O último Europeu do Ronaldo? Não sei… Com o Ronaldo é sempre difícil pensar dessa forma, aquilo é uma máquina. Ele tem muito cuidado com ele em todos os aspetos, cuida-se muito bem. Eu joguei com o Torres e ele tinha 42 anos e ainda ontem vimos um jogador, é guarda-redes, vencer a Taça de Itália com a mesma idade… Vai depender dele, mas não podemos dizer sim ou não. Acredito que vá estar no Mundial’2022. Depois vai depender dele, não sou capaz de responder a isso.” Fernando Santos, selecionador do Portugal.

“Cada rival tem a sua estratégia de comunicação porque assim é legítimo. Mas uns não venceram porque foi o único clube do mundo a sofrer Covid-19, outro porque tiveram apenas 16 penáltis. Mas eles sabem, todos sabem, que o Sporting venceu por ter sido mais competente.” Frederico Varandas, presidente do Sporting CP.

“Ouvi alguém dizer que tinha sido um espetáculo degradante em Lisboa, não concordo. É verdade que houve excessos impossíveis de controlar tal a dimensão do clube e do sentimento. Mas, degradante, para mim e para o clube que tenho a honra de presidir, é estar envolto em escutas de corrupção há anos e anos. Isso é que para nós é degradante.” Frederico Varandas, presidente do Sporting CP.

“Tenho pouco mais de 40 anos. Vi acentuar-se a bipolarização do futebol português. Este é um momento histórico que Sporting não pode desperdiçar oportunidade para mudar o paradigma do futebol português. Não posso prometer que seremos campeões para o ano, mas se Sporting tiver cabeça, juízo, união e competência, Sporting tem tudo para em dois ou três anos estar no topo do futebol português. Será mais forte financeiramente e com cada vez mais títulos.” Frederico Varandas, presidente do Sporting CP.

“O futebol é o momento. Talvez fosse a altura ideal para um treinador sair, depois de conquistado um objetivo, mas eu não vou sair. Aconteça o que acontecer, venha a proposta que vier. Tenho contrato, sou feliz aqui. Tenho uma equipa que gosto. Sei do desafio, do risco, que dois jogos mudam tudo, mas é o acordo que tenho com o presidente e com o Hugo Viana e quando eu acordo as coisas… tomara eu ter a certeza que os meus jogadores ficam como eu fico.” Rúben Amorim, treinador do Sporting CP.

“Estou muito orgulhoso. É um ano de muito trabalho. Quero agradecer a todas as pessoas que me apoiaram ao longo do ano, tanto nos momentos difíceis como nos momentos bons. Este prémio também é para eles. É um orgulho. É fruto do excelente trabalho da equipa. Agradeço aos meus colegas, que fizeram tudo para que eu ganhasse o prémio.” Pedro Gonçalves, jogador do Sporting CP.

“Acabei da melhor maneira. Consegui ser campeão no Sporting, que era algo que o clube precisava muito, e já merecia mais do que eu. É o fecho de um ciclo, vai começar outro, e a vida é mesmo assim. A vida deu uma volta. Aconteceu o que aconteceu na Turquia, estava prestes a assinar por outro clube, recebi a chamada do Sporting e vim a correr. Foi a melhor coisa que me aconteceu. É um clube que aprendi a amar, desde a primeira passagem. Deu-me muito e tento retribuir. Já não tenho idade para me emocionar. Já me vim preparando, tanto em casa como junto dos amigos. Se calhar vai ser mais difícil amanhã, quando acordar.” João Pereira, jogador do Sporting CP.

“Não estou tão otimista. Ia haver o regresso dos adeptos, mas depois já não. Mas neste estádio já vai haver adeptos no Dragão, mas antes já não haverá na Taça. Na cabeça de certas pessoas, sem o mínimo de lógica, tudo é expectável de acontecer. Ainda hoje vi anúncios no Porto desde Os Azeitonas à Ana Moura, num recinto fechado. Não sou psiquiatra, não tenho qualquer explicação.” Pinto da Costa, presidente do FC Porto.

“Estou muito satisfeito por tudo, por muitos aspetos. A começar pelos jogadores, eles foram fantásticos, muito daquilo que está a acontecer é fruto do trabalho deles. Representar uma equipa nas competições europeias tem muito que se lhe diga. Vamos falar serenamente e vamos chegar certamente a uma conclusão importante. Sinto-me como um irmão do presidente. Sinto-me feliz.” Daniel Ramos, treinador do CD Santa Clara.

“Eu fui treinador do Boavista com muito prazer e orgulho. O clube tem uma dimensão muito acima daquele trajeto que tem feito nos últimos tempos e fez nesta época. Vou ter a possibilidade, a sorrir, de pensar em coisas que nunca pensei passar. Estar a ganhar e sofrer golos depois da hora que faz perder pontos são sensações que eu pensava que não existiam. Ir para casa, viver com elas, mas não morrer com elas e criar aí quase como uma vacina da covid-19. Agora nesta altura da vida ainda aprendi muitas coisas como treinador que não sabia antes.” Jesualdo Ferreira, treinador do Boavista FC.

“Já fui campeão do Mundo e da Europa, mas este sentimento após um ano muito dificil que tive. Este clube ajudou-me muito. Estou muito feliz por também ter ajudado. Obrigado ao Luís Campos também por me ter ajudado.” Adil Rami, jogador do Boavista FC.

“Há uma coisa que eu prometo, eu sei que vai ficar registado: temos o desafio de jogar o dobro ou o triplo.” Pepa, treinador do Vitória SC.

“Temos de pensar que é mais uma oportunidade para ficarmos onde merecemos estar, em função do que é o clube, a SAD, a cidade, e acima de tudo a motivação e o trabalho dos meus jogadores.” Miguel Cardoso, treinador do Rio Ave FC.

“Consumou-se infelizmente uma descida de divisão e é duro. É duro e é um dia triste. Felicitar o Santa Clara pelo jogo, pela qualificação e pelo campeonato.” Jorge Costa, treinador do SC Farense.

“Não consigo expressar o que me vai no coração. Caem-me as lágrimas ao escrever, mas tenho noção que um dia teria que acontecer. Quero agradecer a todos, sem exceção, o facto de me terem aturado todos estes anos.” Rúben Micael, jogador do CD Nacional.

“Uma liga que adoro ver, provavelmente não é a mais famosa das ligas, é a de Portugal. Vêem-se sempre boas inovações, bons jogadores, bons treinadores. É uma liga muito interessante. Tem uma filosofia adequada, muitos clubes fazem coisas muito inteligentes para educar e treinar jogadores. Portanto, é muito, muito interessante.” Jürgen Klopp, treinador do Liverpool.

“Não há nenhuma possibilidade de João Félix sair. Tem de se adaptar Quando descolar será um dos maiores do planeta futebol. Os jogadores não são máquinas, têm dias bons e dias maus. João Félix vai dar muitos momentos de glória ao clube.” Enrique Cerezo, presidente do Atlético de Madrid.

Números da Semana

  • 3 – O SC Braga conquistou a Taça de Portugal pela 3.ª vez (1966, 2016 e 2021) e igualou Vitória FC e Belenenses como 5.ª equipa com mais títulos na competição.
  • 4 – 4.º título do SC Braga nas 10 últimas épocas: Taça Liga 2013, Taça Portugal 2016, Taça Liga 2020 e Taça Portugal 2021.
  • 0 – Benfica termina a época sem títulos: desde 2012/13, com Jorge Jesus como treinador, que não terminava uma temporada em branco.
  • 26 – Os 26 convocados da Seleção de Portugal para o Euro’2020.
    Guarda-redes: Rui Patrício (Wolverhampton); Anthony Lopes (Olympique Lyonnais); Rui Silva (Granada);
    Defesas: João Cancelo (Manchester City); Nelson Semedo (Wolverhampton); Nuno Mendes (Sporting CP); Raphael Guerreiro (Borussia Dortmund); Pepe (FC Porto); Rúben Dias (Manchester City); José Fonte (LOSC Lille);
    Médios: Danilo Pereira (Paris SG); João Palhinha (Sporting CP); Rúben Neves (Wolverhampton); João Moutinho (Wolverhampton); Sérgio Oliveira (FC Porto); Bruno Fernandes (Manchester United); Renato Sanches (LOSC Lille); William Carvalho (Real Bétis);
    Avançados: Bernardo Silva (Manchester City); Rafa (SL Benfica); Pedro Gonçalves (Sporting CP); Diogo Jota (Liverpool); Gonçalo Guedes (Valência CF); João Félix (Atlético de Madrid); Cristiano Ronaldo (Juventus) e André Silva (Eintracht Frankfurt).
  • 11 – São 11 os jogadores campeões europeus em 2016 que vão repetir a presença no Europeu: Rui Patrício, Anthony Lopes, José Fonte, Pepe, Raphael Guerreiro, Danilo Pereira, João Moutinho, Renato Sanches, William Carvalho, Cristiano Ronaldo e Rafa Silva.
  • 10 – Estreiam-se em fases finais Europeus/Mundiais pela Seleção de Portugal: Rui Silva (ainda sem internacionalizações), João Cancelo, Nélson Semedo, Nuno Mendes, João Palhinha, Rúben Neves, Sérgio Oliveira, Pedro Gonçalves (ainda sem internacionalizações), Diogo Jota e João Félix.
  • 5 – Cristiano Ronaldo vai participar no Europeu pela 5.ª vez e assim iguala o registo de Casillas como jogador com mais presenças em Campeonatos da Europa.
    Casillas: 2000, 2004, 2008, 2012, 2016. Cristiano Ronaldo: 2004, 2008, 2012, 2016, 2020.
  • 32 – Cristiano Ronaldo conquistou o 32.º título da carreira, o 5.º pela Juventus.
    CR 7 já venceu o campeonato, a taça e a supertaça em 3 países: Inglaterra, Espanha e Itália.
  • 39 – Cristiano Ronaldo tornou-se o primeiro futebolista a vencer o troféu de melhor marcador em três dos cinco principais campeonatos europeus de futebol, repetindo em Itália o que já conseguira em Inglaterra e Espanha.
    Depois de ter sido o quarto em 2018/19, com 21 golos, e o segundo na época passada, com 31, apenas atrás do Bota de Ouro Ciro Immobile (Lazio), Ronaldo bateu desta vez toda a concorrência, vencendo com 39 golos, em 33 encontros.
  • 23 – Pedro Gonçalves faz o primeiro hat-trick da carreira. É o melhor marcador da Liga 2020/21. O médio fez o 23 golos.
  • 6 – O Santa Clara faz história: 6.º lugar (melhor classificação de sempre do clube na Liga), 46 pontos (melhor pontuação de sempre do clube na Liga), 13 vitórias (melhor registo de sempre do clube na Liga) e qualificação pela 1.ª vez para as competições europeias (Conference League).
  • 150 – Sérgio Oliveira cumpriu o jogo 150 pelo FC Porto (34 golos e 6 títulos conquistados).
  • 15 – O Paços de Ferreira terminou a Liga com 15 vitórias: registo recorde na história do clube na competição.
  • 37 – O Marítimo assegurou a manutenção na Liga NOS: os madeirenses vão participar na próxima época na competição pela 37.ª temporada consecutiva.
  • 3 – Na história da Liga, só uma equipa tem um percurso idêntico ao Nacional (3 descidas e 2 subidas em 5 épocas): o Barreirense, entre 1963/64 e 1967/68).
  • 36 – 36 anos depois, o FC Vizela está no principal principal do futebol português.
    Trata-se da 2.ª presença dos vizelenses na Liga. Na época passada, estava no 3.º escalão.
  • 3 – João Félix é o 3.º jogador português a sagrar-se campeão pelo Atlético Madrid, depois de Jorge Mendonça (1966) e Tiago (2014).
  • 11 – 7 anos depois, o Atlético Madrid é novamente campeão: 11.º título dos na Liga espanhola.
  • 8 – Na 10.ª época ao serviço do Atlético Madrid, Diego Simeone conquistou o 8.º título pelo clube – é o treinador mais titulado da história do clube: 2 Ligas de Espanha, 1 Copa del Rey, 1 Supertaça de Espanha, 2 Ligas Europa e 2 Supertaças Europeias.
  • 41 – Lewandowski marcou o seu 41.º golo (!!!) na Bundesliga 2020/21 e fez história: alcançou um novo recorde de golos de um jogador numa só época na competição.
    Lewandowski bateu o recorde que pertencia a Gerd Muller, que marcou 40 golos em 1971/72.
  • 200 – Bernardo Silva completou o jogo 200 pelo Manchester City (35 golos, 41 assistências e 10 títulos).
  • 4 – 10 anos depois, o Lille volta a sagrar-se campeão de França: é o 4.º título na competição (1946, 1954, 2011 e 2021).
  • 14 – 3 anos depois, a Juventus conquista a Taça de Itália. 14.º título da equipa na competição, a maior vencedora da prova.
  • 14 – O Paris Saint Germain conquistou a Taça de França. 14.º título da equipa na competição, o 6.º nas 7 últimas épocas.
  • 5 – 5 anos depois, o Wolfsburg está de regresso à Liga dos Campeões: será a 3.ª presença do clube na competição (2009/10, 2015/16 e 2020/21).
  • 3 – A Atalanta já garantiu a qualificação para a próxima edição da Champions: 3.ª época consecutiva que a equipa de Bergamo participará na competição.

Liga NOS 2020/2021: Balanço & Contas

Um leão campeão surpresa. FC Porto sem troféus, mas com entrada direta na Champions. As promessas de Jorge Jesus ficaram por cumprir. SC Braga incomodou, faltando argumentos em alturas decisivas. Sensacional prestação do FC Paços de Ferreira e CD Santa Clara, assegurando lugares europeus, para a equipa dos Açores trata-se de uma estreia absoluta.

CD Nacional e SC Farense fizeram uma viagem de ida e volta. Depois de terem regressado à Liga, foram despromovidos.

Em Vila do Conde… águas agitadas. Tendo começado a época em alta, afastando o Besiktas e quase fazendo o mesmo ao AC Milan, a equipa não consegui apresentar o fulgor de anos anteriores, tendo chegado à última jornada a fazer contas e com a ameaça de descida de divisão. Escapou e agora terá que discutir o play-off como a última boia de salvação.

Jogos (306)
Golos marcados (739)
Melhor ataque – FC Porto (74 golos marcados)
Pior ataque – Belenenses SAD (25 golos marcados)
Melhor defesa – Sporting CP (20 golos sofridos)
Pior defesa – CD Nacional (59 golos sofridos)
Mais goleadas – FC Porto (6)
Mais vitórias – Sporting CP (26)
Menos vitórias – CD Nacional (6)
Mais empates – Moreirense FC (13)
Menos empates – CS Marítimo (5)
Mais derrotas – CD Nacional (21)
Menos derrotas – Sporting CP (1)
Máximo de jogos sem perder – Sporting CP (32)
Mais cartões amarelos – CS Marítimo (102)
Menos cartões amarelos – FC Porto (56)
Mais cartões vermelhos – Rio Ave FC (5)
Mais auto-golos a favor – SL Benfica (4)
Melhor marcador – Pedro Gonçalves/Sporting CP (23 golos)
Mais assistências – Medhi Taremi/FC Porto (11)
Mais golos de penálti – Sérgio Oliveira/FC Porto (7)
Mais minutos – Léo Jardim/Boavista FC (3060 minutos)
Árbitro com mais jogos – Rui Costa (24)

Campeão (85 pontos) – Sporting CP (Liga dos Campeões)
2.º classificado (80 pontos) – FC Porto (Liga dos Campeões)
3.º classificado (76 pontos) – SL Benfica (Liga dos Campeões – 3.ª pré-eliminatória)
4.º classificado (64 pontos) – SC Braga (Liga Europa)
5.º classificado (53 pontos) – Paços de Ferreira (Conference League – 3.ª pré-eliminatória)
6.º classificado (46 pontos) – CD Santa Clara (Conference League – 2.ª pré-eliminatória)
16.º classificado (34 pontos) – Rio Ave FC (Play-off despromoção)
17.º classificado (31 pontos) – SC Farense (Despromovido)
18.º classificado (25 pontos) – CD Nacional (Despromovido)

Equipa da Semana: Alpinista Vizela

O FC Vizela venceu o Vilafranquense por 5-2 na 34.ª e última jornada da II Liga (26.º jogo consecutivo a pontuar) e garantiu a subida à I Liga este sábado, regressando ao principal escalão do futebol português 36 anos depois da sua primeira e única presença, em 1984/1985. Uma longa espera.

A equipa treinada por Álvaro Pacheco consegue subir pelo segundo ano consecutivo (em 2020 chegou do Campeonato de Portugal).

Percurso notável dos vizelenses. A equipa que veio do Campeonato de Portugal, consegue um lugar na Liga, acabando com o melhor ataque (59 golos marcados) e o melhor marcador da prova (Cassiano, 19 golos marcados).

Em 34 jogos, 18 vitórias, 12 empates e apenas 4 derrotas, as mesmas do campeão Estoril Praia, com as equipas separadas por 4 pontos no topo da tabela. Trabalho notável do treinador e equipa, sustentado por um futebol dominante e atrativo. Um prémio justo.

“É um sonho. Criou-se aqui um conto de fadas”, afirmou o técnico Álvaro Pacheco. Só que agora é tudo realidade.

Apresentando um dos plantéis mais equilibrados e organizados do campeonato, valendo sobretudo, pelo coletivo e por boas ideias de jogo idealizadas por Álvaro Pacheco, um técnico que soube transmitir carisma e personalidade à equipa, trazendo como imagem de marca a característica boina que utiliza.

O FC Vizela está de regresso à Liga principal, feito de se lhe tirar o chapéu… ou a boina!

Teófilo Fernando, ZAP //

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