A deputada mostrou no Twitter o tipo de insultos e ameaças que tem recebido e avisa que não se vai calar ou permitir que o desrespeito continue.
Inês Sousa Real foi insultada e ameaçada nas redes sociais e já anunciou que vai apresentar queixa no Ministério Público. A deputada e líder do Pessoas Animais Natureza (PAN) denunciou o que se passou no Twitter, onde mostrou as mensagens insultuosas que tem recebido.
“Confesso que não compreendo como é que alguém se sente no direito de ofender e ameaçar outra pessoa, pelo simples facto de estar na política e de defender as causas em que acredita. Desde que fui eleita porta-voz do PAN, que passei a receber mensagens deste teor”, escreveu a deputada.
A deputada continua ao dizer que respeita quem discorda das suas ideias e das do PAN, mas reforça que não aceita ou tolera “que alguém se sinta no direito” de a ameaçar, ofender ou coagir.
“Não só não me calarei, como não serei eu a ter cuidado com o que digo, porque digo e defendo aquilo em que acredito sempre dentro do espectro democrático e do respeito pelos demais. Não posso deixar passar em branco o desrespeito profundo que vamos permitindo em sociedade que se crie em torno de quem assume funções num órgão de soberania”, acrescenta a líder do PAN.
As mensagens recebidas até agora e as que continuar a receber serão encaminhadas para o Ministério Público pelas injúrias, ameaças e tentativa de coação, não apenas na sua qualidade de cidadã, mas também como alguém no exercício de um cargo político, que é uma circunstância agravante, avisa a deputada.
A queixa de Inês Sousa Real surge dias depois de Ferro Rodrigues ter sido insultado e ameaçado por dezenas de negacionistas que protestaram em frente a um restaurante onde o Presidente da Assembleia da República estava a almoçar. Os manifestantes chamavam “assassino” e “ordinário” à segunda figura do Estado. Gouveia e Melo, coordenador da task force da vacinação, também já foi alvo de insultos semelhantes.
A Procuradoria-Geral da República já disse que abriu um inquérito ao que aconteceu com Ferro Rodrigues depois de uma participação da PSP. O inquérito está a decorrer no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.