Líder do PAN ocultou ao Tribunal Constitucional imobiliária criada em 2020. Deputada pode perder mandato

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Inês Sousa Real Líder declarou a sua empresa (Red Fields) e a do marido (Berry Dream), mas ocultou uma imobiliária criada em 2020. Encontra-se agora em incumprimento, e caso não corrija a falha incorre em perda de mandato.

A líder do PAN não declarou ao Tribunal Constitucional (TC) que detinha, através do marido, com quem é casada em comunhão de bens, uma empresa de mediação imobiliária que tem sede em Oeiras na mesma morada de uma das empresas de agricultura que o casal detém e que têm sido alvo de várias polémicas, revela o Observador.

A imobiliária Pontes&Perfis – criada em julho de 2020, quando Inês Sousa Real já era deputada – foi omitida de todas as declarações de rendimentos que foram entregues ao TC. Agora, caso Inês Sousa Real não regularize a sua situação, incorre na perda de mandato.

A porta-voz do PAN declarou a participação que detinha, por via do marido, na empresa agrícola Berry Dream, Lda, mas não o fez em relação à imobiliária.

No entanto, de acordo com a Lei de Controle Público da Riqueza dos Titulares de Cargos Políticos, a deputada está obrigada a declarar as empresas que detém, por si ou por via do marido, uma vez que a criação da empresa aconteceu já no decorrer do casamento por comunhão de adquiridos e também no decorrer do mandato de deputada, explica o Observador.

Segundo a lei (n.º 52/2019), transcreve o Observador, os titulares de cargos políticos e os titulares de altos cargos públicos têm de apresentar no Tribunal Constitucional uma declaração dos seus rendimentos, bem como do seu património e cargos sociais, da qual constem “quotas, ações, participações ou outras partes sociais do capital de sociedades civis ou comerciais, onde apenas é disponibilizado para consulta o seu quantitativo e o nome da sociedade respetiva”, o que não aconteceu neste caso.

Caso não seja corrigida, esta omissão pode resultar num processo administrativo que tem como consequência a perda de mandato.

Como escreve o Observador, quando o TC se aperceber da ocultação de dados, a deputada terá um prazo máximo de 30 dias para retificar essa declaração.

Em resposta ao site de notícias, o gabinete de comunicação de Inês Sousa Real realçou que “foi emitido ontem um comunicado onde foram prestados todos os esclarecimentos, pelo que nada mais há a acrescentar”.

ZAP //

5 Comments

  1. Esta fundamentalista animal afinal tem mais telhados de vidro que o palácio de cristal. Vem provar que defender uma coisa não quer dizer que se cumpra, já todos vimos o que se passou com o bloco de esquerda . Estes partidos acabam sendo mais hipócritas pois defendem veementemente algo que não praticam.

  2. Vamos lá ver com o que é que esta senhora nos vai brindar mais amanhã…
    De certeza que vai acontecer mais um milagre das rosas…

  3. É o que chamo de verdadeira ‘igualdade de género’.
    Tanto faz ser deste ou daquele partido, ser macho ou fêmea, ter esta ou aquela opção sexual, ser deste ou daquele clube, ter esta aquela ou nenhuma religião, gostar ou não gostar de animais, ser branco, preto ou amarelo, etc., etc…
    Querem mais igualdade?

  4. Estes do PAN são do mais hipócrita que existe, ao seu nível só mesmo o bloco de esquerda. Realmente a sociedade está a criar cada vês mais grupos extremistas/fundamentalistas, em todas as áreas. Depois aparecem os chicos espertos que pouco ou nada têm de comum com esses grupos, mas apregoam aos sete vendos a defesa destes para assim receberem os votos necessários para chegar ao que realmente lhes interessa, que nada mais é que um belo TACHO. É triste mas o mundo vai sendo destes chico espertos alimentados pelos ignorantes.

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