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Libra cai para novo mínimo de 31 anos. Investidores livram-se das ações

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A libra esterlina voltou a cair para o nível mais baixo em mais de 30 anos, ao cotar-se a 1,3113 dólares, a segunda queda abrupta depois da vitória do Brexit no referendo de 23 de junho.

A divisa britânica caiu esta terça-feira de manhã 1,8% face ao dólar, para 1,3113 dólares, abaixo da cotação de 1,3118 dólares atingida na segunda-feira a seguir ao histórico referendo, ganho pelos partidários da saída da União Europeia (UE), com 52% dos votos a favor.

A libra também se depreciou hoje face ao euro, ao cair 1,04% para 1,18 euros, um mínimo em mais de dois anos.

A incerteza em torno do Brexit também afetava a Bolsa de Londres, cujo principal índice estava a cair 0,27% para 6.504,77 pontos, devido à urgência dos investidores em desprenderem-se das ações.

O nervosismo instalou-se na Bolsa de Londres depois da empresa de gestão de fundos Standard Life ter suspendido temporariamente a cotação do seu fundo imobiliário para travar a retirada de capital resultante do voto favorável para sair da UE.

Os setores financeiros e empresariais pediram ao Governo conservador para dar garantias sobre o processo de negociação com Bruxelas e o futuro dos cidadãos comunitários que trabalham no Reino Unido.

Riscos para estabilidade financeira já se manifestam

O Banco de Inglaterra avisou hoje que os riscos para a estabilidade financeira já “se começaram a manifestar” depois da vitória da saída do Reino Unido da União Europeia e decidiu aliviar restrições aos bancos para apoiar a economia.

De acordo com a agência de notícias France Presse, face ao “desafio” que representa o Brexit, a medida anunciada pelo banco central britânico deverá fornecer aos bancos uma capacidade de empréstimo adicional de 150 mil milhões de libras (178,9 mil milhões de euros) para as famílias e as empresas.

Em concreto, o comité de política financeira do Banco de Inglaterra decidiu baixar de 0,5% para 0% a almofada de segurança imposta aos bancos para forçá-los a se prepararem para uma eventual turbulência.

A instituição tinha decidido aumentar esta exigência específica em março e esta deveria entrar formalmente em aplicação em março de 2017, mas o Banco de Inglaterra considera agora que os bancos devem ser dispensados desta restrição adicional, a fim de poderem desempenhar o seu papel de pulmão da economia.

ZAP / Lusa

2 Comments

  1. conseguem perceber que essa flutuação da libra é completamente marginal? certo?

    e que há uns bons anos atrás o sr Soros a fez cair com as suas negociatas, uns 15% e que parece que ninguém se mostrou assim tão preocupado com isso.

    enfim!

  2. Especulação e pressão politica é do que se trata e alguém fica a ganhar enquanto outros perdem porque na prática o dinheiro não serve sequer para fazer uma omelete, quando se saturarem invertem a situação e a comédia continua com outro cenário.

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