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Libertada Ahed Tamimi, a adolescente palestiniana que agrediu soldados israelitas

(dv) Free AHED Tamimi / Facebook

Ahed Nariman Tamimi, 17 anos, rosto da luta palestiniana

A adolescente palestiniana, que passou oito meses na prisão por ter agredido dois soldados israelitas, foi este domingo libertada, anunciou um porta-voz israelita.

Ahed Tamimi, de 17 anos, e a mãe, que também foi detida na sequência do mesmo incidente, foram transferidas pelas autoridades israelitas da prisão até a um ponto de controlo de entrada para a Cisjordânia, onde as duas residem.

“Elas acabam de deixar a prisão”, disse o porta-voz Assaf Librati.

Ahed Tamimi foi detida a 19 de dezembro passado, alguns dias depois de ter sido filmada a agredir dois soldados, num vídeo que se tornou viral na Internet.

As imagens mostravam a adolescente e uma prima, Nour Tamimi, a aproximarem-se de dois soldados israelitas, apoiados num muro, do pátio da casa das jovens em Nabi Saleh, uma aldeia em território palestiniano ocupado por Israel há mais de 50 anos.

As duas raparigas exigiram aos soldados que saíssem do local e agrediram-nos com pontapés, murros e bofetadas. Ahed Tamimi tinha 16 anos quando foi detida. A 21 de março foi condenada a oito meses de prisão, depois de se dar como culpada.

A adolescente palestiniana é uma das habitantes de Nabi Saleh, localidade a 20 quilómetros a nordeste de Ramallah, território da Cisjordânia ocupado por Israel, sob controlo militar.

Com oito anos, começou a participar em manifestações contra os colonatos israelitas e, três anos mais tarde, enfrentou os militares de Israel por causa da detenção do irmão, na altura com 12 anos.

Tamimi já é conhecida como a “Malala da Palestina” ou a “Joana d’Arc palestiniana”. Várias organizações de defesa dos direitos humanos contestam o facto de as autoridades israelitas terem detido uma menor de idade. A jovem já teve cartazes nas paragens de autocarro londrinas a pedir a sua libertação e viu um documentário centrado na sua vida ser interdito em Singapura.

A jovem afirmou que o seu sonho era formar-se em Direito para conseguir ajudar os ativistas palestinianos e contribuir, assim, para a criação de um Estado para o seu povo.

ZAP // Lusa

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