Leonardo DiCaprio está envolvido num escândalo financeiro de repercussões mundiais que envolve dinheiros públicos da Malásia que terão sido desviados para financiar a Fundação do actor e o filme “O Lobo de Wall Street”.
O FBI já terá interrogado Leonardo DiCaprio no âmbito de um processo que investiga o alegado desvio de milhões de dólares do Fundo Soberano malaio 1MDB (1Malaysia Development Berhad).
O montante terá sido branqueado através da Fundação do actor e do filme “O Lobo de Wall Street”, de Martin Scorsese, que tem DiCaprio como protagonista.
O fundo 1MDB, detido pelo governo da Malásia, seria constituído por oito mil milhões de dólares (mais de sete mil milhões de euros), dos quais 3.500 milhões (cerca de 3.100 milhões de euros) terão sido desviados entre 2009 e 2015.
O Departamento de Justiça dos EUA suspeita que, do montante desviado, mais de mil milhões de dólares (quase 900 milhões de euros) podem ter sido “branqueados” através da Fundação de DiCaprio e do filme que teve excelentes resultados de bilheteira e, logo, lucros avultados.
O vice-procurador geral do inquérito que decorre nos EUA, Leslie Caldwell, salienta no processo, conforme citam os média norte-americanos, que “a população malásia não recebeu um cêntimo dos benefícios obtidos com este filme“. “Esse dinheiro foi para os bolsos dos familiares e associados dos responsáveis corruptos do 1MDB”, frisa também.
DiCaprio terá recebido a título pessoal 25 milhões de dólares (mais de 22 milhões de euros) para desempenhar o papel do corrector Jordan Belfort que fez fortuna à custa de crimes de “colarinho branco”, além de ter ganho avultados lucros como um dos produtores do filme.
No centro do caso, revela o jornal inglês The Telegraph, estão o produtor de “O Lobo de Wall Street”, Riza Aziz, que é genro do primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, e alegado grande amigo de DiCaprio, e o empresário malaio Jho Low.
Jho Low, um bilionário de de 35 anos que é visto como “um amigo de copos” de DiCaprio, terá gasto à sua conta cerca de um terço do dinheiro desviado dos cofres públicos da Malásia, nomeadamente para financiar a Fundação do actor com a compra de garrafas de champanhe exclusivas na festa do seu aniversário, em 2013, e gastando 1.100 milhões de dólares (mais de 900 milhões de euros) em obras de arte num leilão de beneficência.
DiCaprio já foi ouvido pelo FBI e, mesmo que não tenha quaisquer responsabilidades directas no alegado esquema de desvio e branqueamento de dinheiros públicos malaios, é certo que o caso está já a manchar a sua reputação, conforme repara o fundador do Fundo Bruno Manser que defende a floresta virgem da Malásia, Lukas Straumann.
“O dinheiro foi roubado da Tesouraria [da Malásia] e foi directamente para os bolsos do Leo. É dinheiro sujo e ele devia devolvê-lo“, salienta Straumann citado pela revista norte-americana The Hollywood Reporter, frisando que o caso “prejudica a sua credibilidade e a credibilidade da sua Fundação”.
“Se ele quer ser um modelo, um Embaixador da Paz e das Alterações Climáticas da ONU, então também deve ser um exemplo na forma como gere o seu papel”, destaca também Straumann.
DiCaprio ainda não fez qualquer comentário sobre o caso, mas diz-se que o burburinho já o levou a afastar-se de um evento de recolha de fundos para apoio a Hillary Clinton. Oficialmente, o actor deixou de poder comparecer por dificuldades de agenda.
SV, ZAP
O ciberdúvidas da língua portuguesa indica como gentílico da Malasia malaio ou malasiano. Malásio não me consta, ainda que, com surpresa, assim se veja na wikipédia.
Alguém sabe ao certo?
É pena que um bom actor como DiCaprio, cuja carreira já tinha sido manchada pela participação nesse absolutamente medíocre filme de Scorsese, agora veja a sua reputação manchada pelo mesmo filme…
Um alvo a abater e a imprensa a fazer de carrasco….
Chamar malásio aos malaios é o mesmo que chamar portuguêsio aos portugueses!
Ou bulgários aos búlgaros.
Obrigado pelos reparos, Ahahah e Duvidoso.
Apesar de malásio constar no Priberan, optámos por alterar para o sinónimo geral mais comum, malaio.
Afinal o que estamos a discutir, uma gigantesca fraude ou nacionalidades. Depois não vejo nenhum drama, porque o Leonardo DiCaprio, não é mais que uma fundação e da qual dinheiros públicos ou privados, nunca se saberá ao certo pode onde entra e afinal onde vai bater. Quem fiscaliza quem, só depois é que se sabe que no melhor pano cai a nódoa.