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Leões estrelas de documentário envenenados no Quénia

Dois pastores de gado da tribo queniana Maasai foram acusados de envenenar um grupo de leões na cidade de Narok, no Quénia, segundo as autoridades locais.

Dois pastores quenianos, Simindei Naururi e Kulangash Toposat, terão colocado veneno no corpo de uma vaca morta na reserva Maasai de Mara Gam, no sudoeste do país africano.

Um grupo de leões ter-se-á então alimentado dos restos do animal, sendo envenenados.

Os leões em causa tinham participado no Big Cat Diary, série de documentários da BBC dedicado à vida destes felinos na reserva de Maasai.

Oito leões estão a ser tratados a sintomas de envenenamento, mas dois dos animais morreram.

Um dos animais mortos era Bibi, uma fêmea de 17 anos de idade. Uma equipa da BBC que se encontrava na região conta que a leoa foi encontrada ofegante e a espumar pela boca.

Depois de morrer, o outro leão foi comido por hienas, contou à BBC o porta-voz do Serviço de Conservação da Vida Selvagem do Quénia, Paul Udoto.

Uma outra leoa, Sienna, está desaparecida, segundo dados de uma organização que luta pela conservação dos animais. A sua cria, com dois anos, está a ser tratada por veterinários.

A acção dos pastores terá sido motivada pelo facto de o grupo de leões ter morto três vacas durante uma incursão à sua reserva.

Segundo Alastais Leithead, correspondente da BBC em Nairóbi, há um conflito latente entre os grandes felinos e os pastores Maasai.

Não é a primeira vez que os pastores locais envenenam leões, diz Leithead.

O Serviço de Conservação da Vida Selvagem do Quénia alertou entretanto que outros animais podem ter sido afectados pelo envenenamento.

ZAP / BBC

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