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Legislativas 2019: Rio feliz porque “não houve hecatombe do PSD” (mas vai ponderar se continua)

Manuel Fernando Araújo / Lusa

O presidente do PSD, Rui Rio

“Foi manifestamente exagerada a profecia da hecatombe do PSD”. Esta foi a ideia que Rui Rio, líder do PSD, quis vincar na conferência de imprensa da noite eleitoral, onde afirmou “não há desastre nenhum”, mas notando que vai “ponderar” se continuará ou não à frente do partido.

O presidente do PSD considera que o partido provou que é “a única alternativa para governar Portugal”. Quanto aos resultados, destaca que o PSD consegue um valor “idêntico ao que foi em 2015”, pelo que considera que não se pode falar em “desastre”.

Embora assuma que “o PSD não atingiu o seu principal objectivo”, Rio constata que, “analisando as condicionantes”, o resultado “é positivo”, pois “o PS não teve a maioria absoluta” e o “PSD não teve o pior resultado de sempre”.

Sobre o futuro, Rio admite que vai “ponderar” com “serenidade”, ouvindo “as pessoas”, se vai continuar ou não à frente do partido. Mas assegura que vai ocupar o seu lugar de deputado no Parlamento.

E já olhando para o futuro, admite negociar com o PS acordos pontuais para aprovar medidas “estruturais” que considera fundamentais para o país.

“As próximas eleições autárquicas são estratégicas para o futuro do PSD”, considera ainda Rio, vincando que “a base do partido está na sua implantação autárquica”. “O PSD deve olhar muito a sério para as autárquicas”, aponta.

Sobre as “condicionantes” que diz terem contribuído para o resultado do PSD, Rio cita “razões internas e externas” e fala de “um enquadramento difícil“.

Externamente, Rio fala da “conjuntura internacional favorável” que ajudou ao crescimento da economia portuguesa “sem que o Governo precisasse de fazer grande coisa”.

Internamente, o presidente social-democrata refere o “surgimento de novos pequenos partidos à direita do PSD, e alguns saídos de dentro do próprio PSD”, cujos votos terão retirado cerca de 2% dos votos ao partido.

Mas Rio queixa-se ainda da “prolongada publicação de sondagens desmotivando o voto no PSD e mobilizando o voto no PS”. “Os comentadores ainda agora diziam que era um desastre para o PSD, não é desastre nenhum”, vinca também.

O líder do PSD não se esquece dos críticos internos, notando que “houve uma instabilidade de uma dimensão nunca antes vista na historia do PSD exclusivamente motivada por ambições pessoais”.

ZAP //

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