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Lamborghini fez tanto dinheiro com o Urus, que quer travar a sua venda

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O sucesso do Urus, o novo SUV da Lamborghini, foi tal, que a marca italiana decidiu limitar a produção para travar a sua venda. O objetivo é preservar a exclusividade dos seus modelos.

A Lamborghini é uma fabricante de automóveis de luxo e, como tal, manter a exclusividade dos seus carros é um modelo de negócios comum para este tipo de marcas. Assim sendo, o enorme sucesso do Urus, o novo SUV da “Lambo”, causou um sentimento misto em Sant’Agata Bolognese.

No primeiro semestre de 2019, a marca conseguiu vender 2.693 unidades do Urus, fazendo deste modelo o maior sucesso da Lamborghini este ano. Segundo a motor1, o novo SUV conseguiu ultrapassar as vendas combinadas do Huracan e do Aventador — dois dos modelos mais icónicos da fabricante automóvel.

Este é o lado positivo daquele que foi o enorme sucesso deste todo-o-terreno de luxo. No entanto, alguns dos entusiastas da Lamborghini mostraram o seu descontentamento pelo facto de a marca estar a fugir à sua linha de automóveis habitual e a sujeitar-se à moda dos SUV.

Além disso, o grande número de vendas estava a tornar o Urus num modelo “banal” e demasiado comum para os típicos padrões da marca. Stefano Domenicali, CEO da Lamborghini acreditou que quantos mais produzisse, mais seriam comprados. No entanto, não é este o ideal que o emblema do touro quer seguir.

Não devemos focar-nos simplesmente em crescer desenfreadamente. É hora de preservarmos os resultados alcançados e sobretudo, a exclusividade da nossa marca”, afirmou.

A fasquia já foi determinada e a “Lambo” não quer produzir mais de 10 mil unidades por ano, zelando pela exclusividade habitual dos seus modelos. A popularidade dos SUV tem aumentado a passos largos, com várias marcas de luxo a sujeitarem-se aos interesses do público em geral. A própria Porsche tem como os modelos mais vendidos o Macan e o Cayenne.

Com travão de vendas ou não, a motor24 realça que a marca espera aumentar as suas receitas este ano, chegando aos 1,7 mil milhões em vendas até ao final de 2019. Ainda assim, a Lamborghini mostra-se flexível em ultrapassar a quota imposta, mas apenas “caso seja introduzido um novo modelo no portefólio”, explica Dominicano.

ZAP //

10 Comments

  1. é verdade, e mesmo assim 10.000 é muita fruta e de qualquer forma irá tornar a Lambo banal só por isso!!

    Bom exemplo dado na propria noticia da Porsche, de tanto ver Macan’s, Panamera’s e Cayenne’s quando vejo um verdadeiro 911 ou outros já me perdeu o intresse tendo em conta que farto de ver os mencionados estou…

    Se a Lambo seguir este caminho, esta a fazer com que a magia e exclusividade da marca se afunde, e vai se tornar tão ou mais banal que a Porsche.

  2. Se o problema da Lamborghini é excesso de liquidez, tenho uma boa solução: a minha conta bancária. É um pouco sem fim, um sorvedouro sem limites. Portanto, Amigos, estou aqui para ajudar! Em troca por tão penosos serviços, disponibilizo-me para receber um desses vossos automóveis corriqueiros!

  3. Se em vez de haver 10000 Lambo existirem 1000000 de cada modelo, daqui a uns anos o valor como clássico é baixo e, consequentemente, a história futura da marca será negativamente afetada na vertente de ícone mundial.

  4. A Porsche esta como a jaguar… (Ok, eu sei não é bem uma comparação correta pois a jaguar land Rover pertence a Tata e a Porsche detém metade da VW e está desde o desporto ao desenvolvimento para outras marcas etc)
    Imagem de luxo e exclusividade mas como a sustentabilidade e crescimento interessa é volume de vendas gerem lucros e lucros investimentos e dinheiro para os cofres.
    Permitindo a um maior número de clientes ser um feliz proprietário de um modelo a gosto que independentemente de se tornar banal, aliás sempre o luxo e desportividade em todos os seus modelos.
    E claro haverá sempre modelos exclusivos, de produção ultra limitada que a maioria dos mortais jamais alcançará.
    A Lamborghini ainda está numa fasquia de preço muito alta, em relação por exemplo a um Macan com motor 2 litros.

  5. É preciso preservar a exclusividade da Elite e evitar que o carro se banalize, as marcas de luxo não são para todos. O povinho que continue na gama popular, gente chique é outra coisa.

  6. Enquanto as outras marcas precisam de vender para continuar a produzir e se afirmar no mercado como uma marca do gosto do consumidor, estes tristes preferem não vender que é para ser mais fácil enganar os seus clientes que gostam da marca, ou seja antes pagava 70 ou 80 mil mas agora pelo mesmo vais ter de pagar 120 ou 150 mil, aguenta burro, abre o olho consumidor o que não falta é carros bons e bonitos bem mais baratos

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