O XXIV Congresso da Juventude Popular, agendado para sábado e domingo, em Braga, foi suspenso e será reagendado 15 dias depois do levantamento do estado de emergência, decidiram esta terça-feira os órgãos da estrutura que representa os jovens do CDS-PP.
“A meu pedido, a Juventude Popular [JP] reuniu os seus órgãos e chegámos ao entendimento de suspender os trabalhos do congresso”, disse à agência Lusa o presidente, argumentando que “não estavam reunidas as condições logísticas nem políticas para a realização do congresso”.
De acordo com Francisco Mota, “será indicada uma nova data até 15 dias depois do levantamento do estado de emergência” no país.
A decisão já foi comunicada aos congressistas, através de uma nota assinada pelo vice-presidente da mesa do congresso, Ricardo Machado Azevedo, pelo presidente da comissão organizadora do congresso, Francisco Kreye, e pelo primeiro subscritor da mossa de estratégia global “Responder ao Futuro”, e candidato à liderança da JP, Francisco Camacho.
“Perante a urgência de encontrar soluções face ao problema emergente, a solução adotada procura encontrar consenso entre as partes subscritoras, leia-se órgãos responsáveis pelo congresso, organização do congresso e primeiro subscritor da moção de estratégia global submetida”, refere o documento.
No domingo, o presidente da Juventude Popular anunciou que convocou para segunda-feira uma reunião dos órgãos daquela estrutura para debater o adiamento do congresso. A decisão deveria ter sido anunciada numa conferência de imprensa agendada para esta terça-feira de manhã, mas que acabou por não acontecer porque, na altura, ainda não tinha sido firmado o acordo.
Francisco Mota explicou que o congresso será suspenso, e não adiado, porque o adiamento “obrigaria a repetir todo o processo”.
O dirigente considerou também “natural que um processo como este não seja consensual”, e lamentou que não tenha sido aceite incluir no regulamento do congresso a sua proposta “de uma alínea que previa o adiamento no caso do agravamento da pandemia”.
A nota enviada aos 321 delegados inscritos indica também que, “atendendo à suspensão, considerar-se-ão com capacidade eleitoral ativa e passiva todos os militantes que preencham os requisitos à data inicialmente prevista”.
Francisco Mota referiu que o congresso iria decorrer em Braga, num pavilhão com capacidade para 1.400 pessoas e limpeza permanente, e que estaria disponível medição de temperatura e testes rápidos à presença do novo coronavírus.
Sobre o facto de, na segunda-feira, o presidente do CDS ter dito aos jornalistas que o congresso da JP seria adiado, Francisco Mota sublinhou que “cabe aos órgãos da JP tomar a decisão”, e não ao líder do partido.
O presidente da JP ressalvou que, segundo a lei do estado de emergência, a reunião magna daquela estrutura poderia realizar-se, mas recusou que a atividade política seja “beneficiada” enquanto estão em vigor “restrições severas para os portugueses e para as atividades económicas”, decorrentes da declaração do estado de emergência.
Esta decisão surge depois de o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, ter defendido não ser necessária uma alteração à lei do estado de emergência para que o congresso do PCP seja adiado e acusado o Governo de ter “um arranjinho” com os comunistas.
O XXI Congresso Nacional do PCP vai decorrer entre sexta-feira e domingo, em Loures.
O país está em estado de emergência desde 9 de novembro e até 8 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.
Na semana passada, o ministro da Administração Interna deu como quase certo que a Assembleia da República terá de aprovar uma segunda prorrogação do estado de emergência a partir de 9 de dezembro, e o Presidente da República salientou que não hesitará em propor “mais renovações posteriores”.
O regime legal do estado de sítio e do estado de emergência estabelece que “as reuniões dos órgãos estatutários dos partidos políticos, sindicatos e associações profissionais não serão em caso algum proibidas, dissolvidas ou submetidas a autorização prévia”.
ZAP // Lusa
AHAHAHAHAH!
Marcaram-no dia 7!
Desmarcaram-no apenas agora, depois de o Chicão perceber que fez asneira!
Uns hipócritas!
Pior só o Chega, que inventou uma reunião inexistente sói para “anunciar” que a “desconvocara”!
A Direita a ser a Direita!