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Juiz Carlos Alexandre fica com o processo de instrução de Tancos

José Sena Goulão / Lusa

O juiz Carlos Alexandre

O juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal Carlos Alexandre foi esta terça-feira designado, por sorteio, para realizar a instrução do processo das armas de Tancos, que tem o antigo ministro da Defesa Azeredo Lopes entre os acusados. 

A notícia foi inicialmente avançada pela TVI, sendo depois confirmada à agência Lusa por uma fonte do Tribunal Central de de Instrução Criminal.

Segundo a mesma fonte ouvida pela Lusa, ainda não foi marcada qualquer data para o início da fase da instrução do processo de Tancos, tanto mais que Carlos Alexandre se encontra a realizar “diligências”.

A instrução é uma fase facultativa do processo de recolha de prova que pode ser requerida pelos arguidos para contestar a acusação, sendo dirigida por um juiz, ao contrário da fase de inquérito que é dirigida pelo Ministério Público.

Na semana passada, Azeredo Lopes requereu que o primeiro-ministro, António Costa, seja ouvido como testemunha na instrução do processo que investiga o furto e o alegado achamento das armas de guerra dos paióis de Tancos.

O processo de Tancos conta com 23 acusados, incluindo o ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes, o diretor nacional da Polícia Judiciária Militar (PJM) Luís Vieira, o ex-porta-voz da PJM Vasco Brazão e o ex-fuzileiro João Paulino, os quais respondem por um conjunto de crimes que vão desde terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação até falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

Nove dos 23 arguidos foram acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre os quais Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.

O caso do furto das armas em Tancos foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJM, em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

ZAP // Lusa

 

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