A Jordânia executou esta quarta-feira dois jihadistas iraquianos cuja libertação era reivindicada pelo Estado Islâmico, em retaliação pela execução de um piloto jordano, alegadamente queimado vivo pelo grupo extremista.
A iraquiana Sajida al-Rishawi, condenada à morte pela sua participação nos ataques terroristas de 2005 em Amã, e Ziad Karbouli, responsável da Al-Qaida, foram executados por volta das 4h (2h em Lisboa), disse à AFP o porta-voz Mohammad Momani.
A decisão de executar a iraquiana foi anunciada depois do grupo Estado Islâmico ter divulgado um vídeo em que afirma ter queimado vivo o piloto jordano, capturado em dezembro, no qual divulga alegadas imagens do ato.
O vídeo, segundo agências internacionais, mostra um homem, apresentado como Maaz al-Kasasbeh, envolto em chamas dentro de uma cela metálica.
Depois de anunciar a 24 de janeiro a execução do primeiro dos reféns japoneses capturados, Haruna Yukawa, o EI tinha solicitado a libertação de Sajida al-Rishawi, detida e condenada à morte na Jordânia, em troca da libertação do jornalista japonês Kenji Goto e de poupar a vida de Kasasbeh.
As autoridades de Amã aceitaram a troca e solicitaram uma prova de vida de Kasasbeh como condição para libertar Rishawi, mas essa prova nunca foi apresentada pelos jihadistas e a libertação da prisioneira, agora executada, não foi realizada.
A televisão oficial da Jordânia indicou, entretanto, que o piloto jordano foi realmente morto a 3 de janeiro.
A última vez que Kasasbeh apareceu vivo foi num vídeo do grupo extremista em que aparecia juntamente com o jornalista japonês Kenji Goto, cuja execução foi anunciada no sábado.
/Lusa